Um tipo de bloqueador de celulares de alta potência está sendo usado por quadrilhas especializadas em roubos de carga, trazendo de volta para os caminhoneiros o pesadelo dos sequestros nas estradas. Conhecido como jammer, o aparelho tem uso restrito no Brasil, mas é vendido livremente via internet – e tem sido empregado como forma de impedir a comunicação entre o veículo e a empresa, permitindo o furto.

Permitido apenas quando empregado no sistema carcerário – para evitar o uso de celulares por detentos -, o dispositivo tem venda controlada pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Apenas os 10 tipos homologados pela agência podem ser legalmente comercializados, e apenas no âmbito penitenciário. Em 2013, estima-se que os registros de roubos de carga tenham ultrapassado os 15 mil. O prejuízo estimado para as empresas é de R$ 1 bilhão.