Maldonado trabalhou por quatro meses no Corinthians, recuperando a forma física após uma série de problemas no joelho. Mesmo passando por uma bateria de testes e sendo bem tratado por jogadores e membros da comissão técnica, ficou positivamente chocado quando a diretoria manifestou interesse em contratá-lo.
“Foi uma surpresa. Eu estava sem expectativa de nada, só queria me preparar para voltar a jogar. Até chorei quando cheguei à minha casa, não acreditava que isso podia acontecer”, afirmou o volante de 33 anos, que foi apresentado ao lado do goleiro Walter e fez questão de dedicar algumas palavras aos profissionais com os quais trabalhou antes de falar sobre suas possibilidades na equipe de Tite.
“Fui muito bem tratado desde o primeiro dia. Não posso deixar passar a oportunidade de agradecer aos fisioterapeutas, aos funcionários, ao departamento médico, ao pessoal que trabalha na academia, ao pessoal que trabalha na cozinha. Sempre me trataram como mais um jogador deles. Sou muito grato ao Corinthians por essa linda e grandíssima oportunidade de continuar minha carreira”, comentou.
O chileno, mesmo surpreso e extremamente grato, quer mostrar que o time alvinegro não fez nenhum favor ao contratá-lo. Ele vem de quatro cirurgias no joelho esquerdo — as últimas duas no ano passado, quando estava no Flamengo — e não atua desde julho de 2012, mas assegura estar em forma para dar uma contribuição significativa ao campeão mundial.
“Depois de muito tempo, hoje eu posso falar que estou em condições de recomeçar minha carreira. Passeis dois anos muito difíceis, com uma lesão complicada. Eu não conseguia voltar ao que era antigamente, mas agora posso falar que estou 100% recuperado. Melhorei em todos os sentidos: o corpo, a força, a cabeça. Quando você apresenta um bom futebol, tem que fazer aquilo que você fez antigamente e mais. Esse é o meu pensamento”, disse o volante.
Maldonado estranhou as perguntas que ligaram sua chegada à provável saída de Paulinho. O reforço alvinegro tem características bem diferentes das do jogador da Seleção Brasileira. Ele se vê mais próximo de Ralf, o que exige fôlego, pernas e joelhos em dia.
“Fui, entre aspas, testado sem saber. Fiz tudo o que era possível, todo tipo de teste, sem saber que ficaria aqui”, acrescentou o jogador, projetando o que pretende fazer para contribuir com o time alvinegro. “Fico ali atrás para dar o equilíbrio ao time, fazer o balanço no meio, cobrir os laterais. É ali que eu me sinto à vontade.”
No Corinthians, o experiente atleta também já parece à vontade. Ele se deu bem nos contatos que teve com Tite — que aprovou sua discrição, sem apelos publicitários para sua permanência — e se sentiu confortável para levar ao CT sua mulher e sua filha, a pequena Vic, que deu um show de sapateado durante a apresentação oficial.
