O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Joaquim Barbosa, autorizou nesta sexta-feira (20) a transferência dos ex-deputados Pedro Corrêa (PP-PE) e Pedro Henry (PP-MT), condenados no processo do mensalão, para cumprirem pena em seus Estados de origem.

Atualmente, ambos estão no Complexo Penitenciário da Papuda, no Distrito Federal. Corrêa irá para Pernambuco, onde mora sua família. A defesa dele primeiro pediu que ele fosse para Recife, mas depois entrou com novo requerimento para que ele fosse para Jataúba, cidade no interior do Estado que fica na região onde a mulher dele tem uma pousada. Não há informações sobre em qual das duas cidades ele ficará preso.

Henry será transferido para Cuiabá, no Mato Grosso, onde vive sua família, mas nome do presídio tampouco foi informado.

Os dois ex-deputados foram condenados, no regime semiaberto, a 7 anos e 2 meses pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Pela lei, réus primários que recebem penas entre 4 e 8 anos devem ficar em colônia penal agrícola ou industrial e têm direito de deixar a cadeia durante o dia para trabalhar, se assim for autorizado.

Por conta disso, Corrêa também apresentou ao STF uma proposta de emprego como médico em um município vizinho à cidade de Jataúba.

Além de Henry e Corrêa, o tribunal já autorizou a transferências de outros cinco condenados.

As duas mulheres presas no processo, Simone Vasconcelos, ex-funcionária de Marcos Valério, operador do esquema, e Kátia Rabello, ex-dirigente do Banco Rural, já foram levadas para Belo Horizonte, onde cumprem sua pena.

O STF também autorizou a ida para Minas Gerais de José Roberto Salgado e Vinícius Samarane, ex-dirigentes do Banco Rural, e do ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), mas os três continuam na Papuda.

No total, dos 25 condenados no julgamento, 21 já estão cumprindo suas penas. Um deles está foragido.