Sobreviventes de chacina em escola do Rio vão se encontrar com o papa

Quatro sobreviventes do massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), serão abençoados nesta sexta-feira (26) pelo papa Francisco no altar montado em Copacabana, logo após a Via Sacra, uma das atividades centrais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Luan Victor Pereira, 14; Tainá dos Santos, 16; Michele Guedes, 18; […]

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Quatro sobreviventes do massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo (zona oeste do Rio), serão abençoados nesta sexta-feira (26) pelo papa Francisco no altar montado em Copacabana, logo após a Via Sacra, uma das atividades centrais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

Luan Victor Pereira, 14; Tainá dos Santos, 16; Michele Guedes, 18; e Lucas Matheus Carvalho, 15, serão acompanhados por Adriana Silveira, cuja filha, Luiza Paula, de 14 anos, foi uma das 12 vítimas fatais de Wellington de Oliveira, 24.

Em 7 de abril de 2011, Wellington, ex-aluno da Tasso da Silveira, invadiu a escola, atirou a esmo, matando 12 crianças, e suicidou-se em seguida.

O grupo vai entregar ao papa uma camiseta da Associação Anjos de Realengo, dirigida por Adriana Silveira. “Estou tranquilo. Não, na verdade estou um pouco nervoso porque sei que vou ver o papa pessoalmente”, disse Luan.

Dos quatro jovens, somente Luan foi ferido durante a chacina. Nenhum deles permaneceu estudando na Tasso da Silveira.

Papa em Copacabana

Os estudantes de Realengo vão a Copacabana acompanhados por integrantes do grupo Mães Sem Nome – coletivo formado por mulheres que perderam filhos de forma violenta.

Funcionária do Consulado da França no Rio, Marcia Noleto fundou o grupo depois da morte de sua filha, Mariana, em um acidente de helicóptero no litoral sul da Bahia, em junho de 2011. A adolescente, à época com 20 anos, era namorada de Marco Antonio Cabral, filho do governador do Rio, Sérgio Cabral.

Segundo Marcia, o convite para a Via Sacra foi feito por Dom Antonio Augusto, arcebispo, um dos diretores da Comitê Organizador da JMJ. “Fiz uma lista com mais de 100 nomes de mães que vivenciaram a perda de seus filhos. Vamos com 83 mulheres de diversos Estados, como Rio, São Paulo, Rio Grande do Sul e Bahia”, afirmou.

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