Estudo publicado no site do (BC), na área de Trabalho para Discussão, propõe uma metodologia de supervisão bancária para identificar os bancos chamados de “core”, um conceito que vai além da classificação de bancos “grandes”. Bancos core são aqueles que podem ser utilizados como termômetros para estresse bancário e levantar sinais de alerta.

A autoria do trabalho “Complex Networks and Banking Systems Supervision” (Redes Complexas e Supervisão de Sistemas Bancários) é de Theophilos Papadimitriou, Periklis Gogas e Benjamin M. Tabak, sendo este último funcionário do BC. Estudos publicados nessa área do site, no entanto, não refletem, necessariamente, a visão da autoridade monetária.

“Nesse trabalho, propomos uma metodologia, como ferramenta adicional ao arsenal do Banco Central, que será útil para a melhoria do quadro de supervisão atual”, diz o estudo. “Os bancos core podem ser utilizados como termômetros para o estresse bancário ao longo de uma sub-rede e podem prontamente levantar sinais de alerta para que a supervisão possa eficazmente e rapidamente se focar na sua correspondente vizinhança de instituições financeiras.”

O método proposto utiliza como exemplo a variável de retorno sobre ativo, mas os autores destacam que também pode e deve ser usado com variáveis alternativas. Foram selecionadas 49 instituições norte-americanas, sendo que 18 bancos core (quase 37%) seriam suficientes para monitorar a rede inteira, segundo os pesquisadores.

De acordo com os autores, a metodologia pode melhorar significantemente o controle de supervisão do Banco Central e reduzir os custos de choques sistêmicos através de intervenções rápidas e precisas em instituições problemáticas, prevenindo o contágio para outros subgrupos.