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Quadrilha vendia vagas de medicina da Anhanguera-Uniderp

Para ser aprovado, o estudante não precisava estudar, eles pagavam entre R$ 60 mil e R$ 90 mil
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Para ser aprovado, o estudante não precisava estudar, eles pagavam entre R$ 60 mil e R$ 90 mil

A Anhanguera- é uma entre as 12 faculdades, onde uma quadrilha implantou um esquema de venda de vagas para o vestibular de medicina. Para ser aprovado, o estudante não precisava estudar, eles pagavam entre R$ 60 mil e R$ 90 mil.

Em nota, o Grupo Anhanguera Educacional informa que “foi procurado pela Polícia Federal em 2012, colaborando com a apuração dos fatos, mas não foi notificada de irregularidades após a conclusão da investigação”.

A fraude consistia no envio das respostas corretas aos estudantes que compravam a vaga através de um ponto eletrônico e quando a fiscalização apertava as respostas eram enviadas por mensagens de celular, lidas no banheiro em aparelhos escondidos. As respostas eram encaminhadas por estudantes de medicina que faziam parte da quadrilha. Nomeados como ‘pilotos’, eles resolviam as provas rapidamente. Cada piloto resolvia as questões de apenas uma matéria, para garantir o maior número de acertos possível. Eles passavam os gabaritos por telefone para uma central em Goiânia, onde os ‘assistentes’ repassavam tudo para os vestibulandos envolvidos.

Na quadrilha, cada um tinha uma tarefa. Quem negociava com os pais e os candidatos o valor da fraude eram chamados de corretores. Havia também os treinadores, que tinham a missão de ensinar os alunos o passo a passo do golpe.

As investigações da polícia apontam o clínico geral Luciano Cançado, 39 anos, como coordenador do grupo. Luciano alugou uma casa em um bairro de classe média de Goiânia, onde morava e também se reunia com os integrantes da quadrilha.

Segundo reportagem que foi ao ar no Fantástico ontem (27), a quadrilha descoberta no interior de , agia em seis estados brasileiros. Além de Mato Grosso do Sul e São Paulo atuavam em Piauí, Maranhão, Goiás e . As investigações foram iniciadas em 2011.

O delegado Alexandre Braga afirmou que tem provas como extratos bancários com depósitos na conta de Luciano e confissões de integrantes da quadrilha. Ao todo foram 15 envolvidos, que foram indiciados e devem responder por três crimes: estelionato, formação de quadrilha e divulgação de segredo, de sigilo de concursos públicos ou vestibulares.

A Polícia Federal informou que não há evidências de que as universidades fossem coniventes com o esquema. Mas pode ter havido falhas na fiscalização.

Através do comunicado, o Grupo Anhanguera Educacional diz ainda que “É relevante informar que, por oferecer curso de medicina conceituado com nota 5 no Enade, o Grupo mantém forte esquema de fiscalização instalado durante a prova de vestibular”.

As investigações, agora, estão na fase de levantamento dos alunos que estão cursando medicina ou já se formaram, mas que foram aprovados porque compraram as vagas. A polícia informou que eles também vão responder criminalmente.

O MEC (Ministro da Educação) promete aplicar punições acadêmicas nos envolvidos. “Eles vão ser todos identificados, vão ser expulsos da faculdade, os que eventualmente ainda estejam, e se forem formados terão seus diplomas cassados. Porque toda a vida acadêmica deles é uma fraude”, afirmou o ministro Aloizio Mercadante.

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