Presidente do Paraguai rejeita reintegrar Mercosul

O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, rejeitou nesta sexta-feira, dia 12, reintegrar seu país ao Mercosul, alegando que a entrega da presidência rotativa do bloco à Venezuela contraria tratados internacionais firmados pelos países fundadores. “As características jurídicas do ingresso de Venezuela como membro pleno do Mercosul não correspondem às normas legais”, inform…

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O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes, rejeitou nesta sexta-feira, dia 12, reintegrar seu país ao Mercosul, alegando que a entrega da presidência rotativa do bloco à Venezuela contraria tratados internacionais firmados pelos países fundadores.

“As características jurídicas do ingresso de Venezuela como membro pleno do Mercosul não correspondem às normas legais”, informou Cartes em comunicado divulgado logo depois que o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, se tornou presidente do bloco.

A Venezuela ingressou no Mercosul após a suspensão de Assunção, provocada pela destituição do então presidente Fernando Lugo, ocorrida em junho de 2012. Segundo os outros membros do bloco, o processo violou o direito de defesa de Lugo.

A presidente Dilma Rousseff declarou que Maduro pode contar “com o apoio” do Brasil e dos sócios do Mercosul para enfrentar “a empreitada” que o bloco tem pela frente nos próximos seis meses.

Entre esses desafios, está a resposta às denúncias de espionagem realizada pelos EUA contra os países da região.

Dilma afirmou que “o Paraguai e os paraguaios são parte fundamental dos destinos do Mercosul”, explicando que os parceiros do bloco nunca realizaram “retaliações” contra Assunção na área econômica e comercial. “Por isso temos uma base real para que o Paraguai possa voltar ao Mercosul”, salientou a presidente. Antes do anúncio de Cartes, Dilma tinha anunciado que os presidentes do Mercosul estariam presentes na posse do mandatário paraguaio, que ocorrerá em agosto.

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