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Prefeitura fecha contrato milionário com SH informática, que também atende Governo

A empresa, do Grupo Taurus, levará R$ 3,9 milhões para 'gestão de abastecimento da frota de veículos oficiais'.
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A empresa, do Grupo Taurus, levará R$ 3,9 milhões para ‘gestão de abastecimento da frota de veículos oficiais’.

A prefeitura de publicou nesta terça-feira (13) no Diário Oficial do município um contrato de R$ 3.996.602,50 com a S.H. Informática, empresa do Grupo Taurus, que também fornece combustíveis e faz manutenção da frota da Segurança Pública do Estado de Mato Grosso do Sul.

Segundo a publicação, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) contratou a empresa por meio de pregão presencial para prestação de serviços de gestão de abastecimento da frota de veículos oficiais, locados, cedidos, veículos colocados à disposição da administração municipal e equipamentos de combustão interna da Prefeitura Municipal de Campo Grande.

Do valor total, são “R$ 3.100.519,50 para este exercício e o restante para aquele que o consignar”. O contrato terá vigência de 12 meses.

O Governo de Mato Grosso do Sul usa desde 2007 diversos aditivos e adesões a contratos firmados com empresas do grupo comercial Taurus, que inclui a S.H. Informática para a manutenção milionária da frota de veículos oficiais.

A Taurus e S.H. Informática

O contrato feito pela gestão estadual já foi alvo de questionamentos pelo TCU (Tribunal de Contas da União). A Taurus tem como sócios Jorge Luiz Zenatti e o irmão dele, Juarez Antônio Zenatti. A S.H. tem na sociedade o filho de Jorge, Jorge Luiz Zenatti Filho, e Suryha Haddad Zenatti.

À época, Jorge Zenatti assegurou que o produto entregue para o governo pelo Consórcio, na verdade, é o sistema de gerenciamento dos custos com abastecimento, manutenção e troca de autopeças. O contrato com a Taurus, que também faz parte do Consórcio com a S.H., é que se refere ao fornecimento de combustível.

De acordo com o relatório do TCU, uma das irregularidades seria a diferença entre o objeto da licitação original e os serviços pagos. O “objeto da licitação original, operacionalização de sistema informatizado, utilizando tecnologia de cartão eletrônico (Smartchip) é diferente dos serviços pagos, manutenção e conserto dos veículos”, relataram os auditores federais.

Atendendo principalmente o poder público estadual, o grupo Taurus se tornou a segunda maior distribuidora de Mato Grosso do Sul, atrás apenas da BR. Atualmente tem mais de cem postos na rede, dos quais 20 são próprios, segundo Jorge.

“Os contratos com o Estado são muito importantes, é claro, mas hoje já não dependo deles. O grupo atualmente tem mais de 200 contratos com grandes empresas. Atendemos a UFMS, o MPF, o TRT, a Dixer, que distribui a Coca-Cola em todo estado”, assegurou.

Além disso, o empresário ainda garante que, para ganhar a licitação, o Grupo Taurus simplesmente abriu mão de cobrar uma taxa do governo, ou seja, afirma que não ganha nem um centavo do Governo Estadual.

Questionado sobre como lucraria então com o contrato, Zenatti diz que cobra uma taxa sobre cada um dos fornecedores cadastrados para vender serviços de mecânica, borracharia ou autopeças para o Governo através do contrato do grupo.

E é justamente este mecanismo, de centralizar os gastos em mais de 600 fornecedores cadastrados, segundo a Taurus, em empenhos genéricos, que causou outro questionamento pelo TCU. “Com o agravante da restrição ao caráter competitivo em face à limitação do universo de prestadores de serviços ao se admitir a escolha apenas entre as empresas cadastradas pela contratada”.

Regionalmente, no entanto, as dúvidas do Tribunal de Contas da União não chegaram a provocar maiores questionamentos por parte do Ministério Público Estadual.

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