A Aeronáutica enviará um perito ao Piauí para investigar as causas do acidente com o monomotor que provocou a morte de quatro pessoas na noite de segunda-feira. No acidente morreram o piloto e três estudantes. Dois deles eram primos. O acidente ocorreu por volta das 18h30, quando a aeronave fazia treinamento noturno no aeroporto Petrônio Portela, em Teresina (PI). Antes da queda, o estudante e professor de Física Marcus Escórcio, 27 anos, fez check-in no seu perfil do Facebook e publicou: “E vamos voar”. Quatro horas depois, ocorreu o acidente.

Escórcio era casado e sua mulher está grávida. Os amigos e familiares prestam homenagens através do Facebook. Sandro Augusto França, 34 anos, que estudava com Marcus Escórcio, informou que ele iria se formar nesta terça-feira durante voo solo no aeroporto de Teresina. “Ele era um dos alunos acostumados com a aeronave e estava feliz, pois iria se formar hoje”, disse Sandro França, bastante abalado.

No acidente morreram também o instrutor Rodrigo Viana Morais e os estudantes Guilherme Rodrigues, 21 anos, e Marcos Ronald Sá, 23 anos.

A aeronave era um modelo Cessna 172, de propriedade do Aeroclube do Ceará. O avião foi alugado para a Faculdade Centro de Educação Tecnológico (CET) para o curso de pilotagem.

O comandante do Aeroclube do Ceará, Amauri Costa, afirmou que a aeronave estava em perfeitas condições de voo. “Não temos informações sobre o que possa ter acontecido. Qualquer suspeita seria especulação. Vamos aguardar as investigações dos órgãos competentes”, afirmou o comandante.

Infraero

O superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) no Piauí, Wilson Estrela, informou que o acidente não alterou o sistema de pouso e decolagem no aeroporto de Teresina. O acidente ocorreu no setor de hangares, que fica ao lado do aeroporto. Estrela confirmou que um perito chegará para apurar as causas do acidente.

“O perito da Aeronáutica que está sendo aguardado é um profissional experiente que vem de Recife (PE), especialista em acidentes aéreos. Ele conhece a mecânica do avião, motor e célula. É uma investigação preventiva, para que não ocorra o mesmo acidente em outras aeronaves”, explicou o superintendente.