PF e Cigcoe chegam para cumprir reintegração e índios ameaçam resistir em Sidrolândia

PF mobiliza efetivo de três cidades para retirar os índios de duas fazendas e conta com o apoio da Polícia Militar, Cigcoe e Corpo de Bombeiros. Cerca de 3 mil pessoas estão nas áreas ocupadas, segundo vereador

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PF mobiliza efetivo de três cidades para retirar os índios de duas fazendas e conta com o apoio da Polícia Militar, Cigcoe e Corpo de Bombeiros. Cerca de 3 mil pessoas estão nas áreas ocupadas, segundo vereador

A Polícia Federal, a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e Operações Especiais), a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros já estão em Sidrolândia, a 79 quilômetros de Campo Grande, para retirar os índios das Fazendas Cambará e Buriti.

Os cerca de 3 mil índios prometem resistir ao cumprimento de reintegração de posse. Foram mobilizadas 17 viaturas e quatro ônibus da PM para retirar os indígenas das fazendas Buriti e Cambará.

A reintegração de posse foi determinada ontem à tarde pelo juiz substituto da 1ª Vara Federal de Campo Grande, Ronaldo José da Silva, após reunião entre os índios e donos das fazendas, incluindo-se produtor rural Ricardo Bacha.

Aproximadamente 3.000 índios ocupam as duas fazendas, segundo o vereador Cledinaldo Cotócio (PP). Ele disse que os invasores estão armados com flechas para resistir à desocupação. A PF mobilizou efetivo de três cidades do Estado (Campo Grande, Três Lagoas e Ponta Porã) para cumprir a determinação judicial.

Os índios ocuparam a fazenda Buriti, do ex-secretário estadual de Fazenda e candidato a governador em 1998, Ricardo Bacha, no dia 15 deste mês. Eles reivindicam a ampliação da reserva Buriti, de 2 mil hectares, para 17 mil hectares.

Segundo o magistrado, sobre a proposta de desocupação voluntária, pelos índios, “a tentativa de conciliação se mostrou infrutífera”.

Apesar da resistência dos índios, a Polícia Federal buscará uma tentativa de retirada pacífica dos índios das duas áreas. Neste momento, todos os acessos às áreas ocupadas estão bloqueados pelas forças de segurança pública.

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