A presidente Dilma Rousseff voltou a falar sobre espionagem na manhã desta segunda-feira, por meio de sua conta no Twitter. Em diversas postagens, ela fala sobre as denúncias de que o Ministério de Minas e Energia tenha sido alvo de espionagem por parte dos Estados Unidos e até de outros países. “A denúncia de que Ministério Minas e Energia foi alvo de espionagem confirma as razões econômicas e estratégicas por trás de tais atos”, disse a presidente, que completou em outro comentário: “Embora o Ministério tenha bom sistema proteção de dados, determinei ao ministro Lobão rigorosa avaliação e reforço da segurança desses sistemas”. “É urgente que os EUA e seus aliados encerrem suas ações de espionagem de uma vez por todas”, disse em outro comentário.

Segundo Dilma, a espionagem praticada pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency – NSA, na sigla em inglês) ” atenta contra a soberania das nações e a privacidade das pessoas e das empresas”. Dilma cita uma reportagem, na qual, fica explícito o interesse de empresas canadenses na área de mineração. “O Itamaraty vai exigir explicações do Canadá”, informou a presidente.

“Tudo indica que os dados do NSA são acessados pelos 5 governos e pelas milhares de empresas prestadoras de serviços com amplo acesso a eles”, tuitou Dilma, demonstrando que o assunto envolvendo espionagem no governo brasileiro ainda está em aberto.

Ontem, inclusive, a petista também publicou na rede social pedidos de explicação do governo americano sobre as denúncias. As declarações vieram após ela ganhar um livro do jornalista James Bamford que “mostra que vem ocorrendo há mais tempo o que apareceu agora: espionagem a cidadãos brasileiros (inclusive eu), cias e ministérios”.

Dilma afirma que o livro descreve a espionagem nos cabos submarinos e na internet. Além disso, “relata a terceirização desse serviço de inteligência, com a contratação de milhares de empresas & trabalhadores.”