Peixe ‘barrigudinho’ será usado para combater a dengue no Pantanal

O peixe ‘barrigudinho’ será uma das armas utilizadas para combater os casos de dengue em Corumbá, a 444 km de Campo Grande. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura da cidade, o projeto piloto foi anunciado nesta quinta-feira (19), durante a reunião mensal do Comitê de Combate à Dengue, que contou com a […]

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O peixe ‘barrigudinho’ será uma das armas utilizadas para combater os casos de dengue em Corumbá, a 444 km de Campo Grande. De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura da cidade, o projeto piloto foi anunciado nesta quinta-feira (19), durante a reunião mensal do Comitê de Combate à Dengue, que contou com a presença da secretária de Saúde.

O barrigudinho se alimenta de larvas de mosquito, como as do Aedes aegypt, transmissor da doença. O trabalho está sendo desenvolvido pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) que planeja implantar projetos pilotos em regiões consideradas críticas na cidade, com altos índices de infestação.

Segundo a chefe do CCZ , Walkíria Arruda da Silva, um projeto com a utilização dessa espécie de peixe já é desenvolvido há algum tempo e, nos últimos dias, o resultado alcançado foi considerado positivo.

Conforme Walkíria, foi feita a captura de 56 unidades e apenas seis sobreviveram em um tanque no CCZ. Ocorreu reprodução, mas, no início, os maiores comeram os próprios filhotes. Agora, observado o resultado positivo dessa pesquisa com os peixes se alimentando da larva do Aedes aegypti, foi iniciado o projeto.

Segundo informações da Embrapa, a constante aplicação de veneno no combate ao mosquito da dengue, deixa os insetos resistentes. O uso de peixes como estratégia de combate aos mosquitos é um método eficaz. O procedimento com o peixe ‘barrigudinho’ já foi  utilizado em Uberlândia (MG). Na cidade, o número de casos de dengue na população passou de 9,5 mil, em 2006, para 50 até abril de 2008. As autoridades sanitárias, nesse período, deixaram de aplicar mais de 27 toneladas de veneno no município.

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