Centenas de campo-grandenses passaram hoje (17) pelo Áquila Burguer para participar do almoço Italiano beneficente. O dinheiro arrecado será usado para construir uma creche, para crianças órfãs, no Moçambique, África. O evento é mais um entre tantos outros promovidos pela Fraternidade sem Fronteiras (FSF) pela luta do bem-estar de pessoas necessitadas.

Wagner Moura Gomes, 39 anos, presidente da Ong (Organização não Governamental) conta que há dois anos e meio eles atuam na África. Ele diz que a Ong já havia conseguido construir a creche, mas uma inundação no vilarejo, em Moçambique, a destruiu. E as 258 crianças órfãs atendidas na creche ficaram mais uma vez sem um lugar seguro para viver.

Gomes explica que a FSF tem como foco atender as crianças e adolescentes órfãos. E na África, ele conta, são muitas. “Muitas crianças perdem os pais por causa da malária e do HIV”, diz.

Com o dinheiro arrecadado, ele estima que conseguirá algo em torno de R$ 20 mil, a organização conseguirá levantar a creche e retomar efetivamente as atividades com as crianças. “Pode parecer pouco dinheiro para o que vamos fazer. Mas, como usamos materiais locais, dá para reconstruir”, explica com esperança.

Ele revela ainda que depois desse projeto já tem outros engatilhado. O próximo será para atender adolescentes. Moura explica que as crianças ficam na creche até 13 anos e depois saem. Para dar continuidade, ele quer criar um Projeto Jovem que atenderá esses meninos e meninas.

Padrinhos

Aproximadamente 150 pessoas participam do projeto como padrinhos. Eles pagam uma taxa de R$ 50,00 por mês pelo apadrinhamento. Moura explica que o dinheiro garante duas refeições diárias, além de material escolar e kits de higiene pessoal. “Até sabonete, pasta de dente, coisas básicas são difíceis para eles”, diz.

A médica Valéria Cristina Areco de Sousa, 37 anos, é uma das madrinhas do projeto. Emocionada ela questina: “o que são R$ 50,00 para evitar que uma pessoa morra de fome”?

Areco lembra que no Brasil existe muitos programas assistencialistas e que na Àfrica, continente de pobreza extrema, as condições de vida são muito difíceis e é comum as pessoas morrerem por não terem o que comer.

Há um ano e meio no projeto, ela e o marido, Miguel Rodrigues da Silva, 42 anos, comerciante, planejam apadrinhar mais uma criança e recomendam para quem se sensibilizar. “O trabalho da Ong é muito sério e transparente, quem puder ajudar, deve fazê-lo”, diz.

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