O Palmeiras liberou Barcos antes de assinar o contrato de venda com o Grêmio. Normalmente, os clubes assinam o documento antes de permitir a transferência.

A descoberta desse fato aumentou os disparos de conselheiros de diversas alas, inclusive eleitores de Paulo Nobre, contra o dirigente remunerado José Carlos Brunoro.

Argumentam eles que faltou profissionalismo e que o alviverde deveria se acertar primeiro com os jogadores oferecidos pelo time gaúcho antes de permitir a saída de Barcos. Dizem também que a negociação foi conduzida de uma forma que só resolveu imediatamente os problemas gremistas.

Procurada pelo blog, a assessoria de imprensa do Palmeiras afirmou que “todos os detalhes da negociação já foram tornados públicos e que a última declaração sobre o assunto foi dada pelo presidente Paulo Nobre, em Itu”.

Fonte ligada à diretoria disse ao blog que um memorando de intenções foi assinado com o Grêmio antes da liberação de Barcos. E que ele foi sendo cumprido à risca, apesar de Marcelo Moreno não ter se acertado com o time paulista. Por essa versão, não houve risco porque uma cláusula prevê que o Palmeiras receberá R$ 2,5 milhões se Moreno não for para o Palestra Itália, além de ficar com 15% dos direitos do jogador.

Ainda há esperança de que o atacante feche com o Palmeiras. Se isso acontecer, o clube não terá 100% de seus direitos. Ficará com 30%.

Segundo a mesma fonte, aceitar uma carta de intenções foi a única forma de salvar o negócio. O Grêmio desistiria de Barcos se perdesse o prazo de inscrição na Libertadores. E Paulo Nobre temia perder o jogador de graça, na Justiça, por causa de dívidas com ele.

O alviverde já recebeu o dinheiro prometido pelos gaúchos, mas isso não deve acalmar os descontentes. Eles querem que o COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) abra uma sindicância para apurar detalhes da negociação.