Acusações de uso de informações privilegiadas e até mesmo risos durante fala dos próprios parlamentares são motivos de estranhamento entre os membros da CPI do Calote na oitiva desta quinta-feira (11), que foi marcada pelo bate-boca.
Alex do PT, líder do prefeito na Câmara de Campo Grande e Elizeu Dionízio (PSL) trocaram farpas durante os depoimentos. Enquanto o proprietário da Norbeoil prestava depoimento, o vereador petista pediu para contestar as informações, alegando que a prefeitura estava encontrando divergências nos contratos.
Elizeu Dionizio (PSL) interrompeu o vereador dizendo que na CPI Alex não poderia agir como líder do prefeito, pois eles estavam averiguando a inadimplência da prefeitura. “Aqui o senhor não tem obrigação de defender a prefeitura”, ironizou.
Enquanto a sócia-proprietária da RDM falava das dificuldades enfrentadas pela empresa sem os pagamentos da prefeitura, o vereador Alex novamente interrompeu, dizendo que a empresa estaria utilizando recursos para benefícios próprios e denunciando o espaço que ela teria na prefeitura e na EMHA (Agência Municipal de Habitação).
Os membros da CPI alegaram que não sabiam dessas informações. “O senhor teve acesso a informações privilegiadas e não nos passou, vereador?”, questionou o presidente da Comissão, Paulo Siufi.
Elizeu alegou que antes mesmo da abertura da CPI o vereador Alex teve acesso a documentos e contratos da prefeitura, que teriam sido enviados por um motorista da prefeitura até o gabinete dele.
Poucos minutos depois, Alex interrompeu novamente a fala de uma pessoa ouvida para dizer que é um direito da prefeitura revisar os contratos. Impaciente, Siufi pediu a palavra e questionou a atitude do vereador. “Não somos crianças, Alex, o senhor está defendendo o prefeito e nos ofendendo, estamos em uma CPI”.
Após a discussão, o presidente da CPI finalizou a oitiva e transferiu o depoimento da Solurb para a próxima sessão.
