Pular para o conteúdo
Geral

Obra de escola atrasa e alunos vão continuar ‘amontoados’ em prédio alugado

Orçada em R$ 1,3 milhão, a obra começou em setembro, mas deve atrasar, porque nem 30% do previsto foi executado, segundo a APM
Arquivo - Publicado em
Compartilhar

Orçada em R$ 1,3 milhão, a obra começou em setembro, mas deve atrasar, porque nem 30% do previsto foi executado, segundo a APM

Orçada em R$ 1.372.464,09, a obra de reforma da Escola Estadual Arlindo de Andrade Gomes, que fica no bairro Santo Amaro,em Campo Grande, foi iniciada em 24 de setembro de 2012 e tem previsão de término no dia 20 de julho de 2013.

No entanto, apesar de estar no prazo de execução, a presidente da APM (Associação de Pais e Mestres) do colégio, Cecília Meire dos Reis, afirma que a obra está atrasada e que cerca de 900 alunos vão continuar amontoados em um prédio alugado.

“É só passar lá para ver. Nem 30% da obra foi concluída”, denuncia a presidente. Ela afirma que ano passado participou de estudos para escolher o melhor prédio possível para abrigar os alunos enquanto a reforma da sede é concluída, mas, com o passar dos meses, o local não está mais suportando a demanda.

“Não conseguimos encontrar outro lugar que comportasse as crianças. O prédio atual foi o melhor que encontramos na região. Só aceitamos porque não podíamos deixar as crianças sem aulas. Agora, elas estão sofrendo e não tem previsão para que isso acabe”, relata.

Cecília conta que as dificuldades enfrentadas pelos alunos são variadas: salas pequenas, apertadas e abafadas. Segundo ela, todas as crianças reclamam de calor e até tem dificuldades de realizar as provas bimestrais, já que as cadeiras ficam “umas por cima das outras”.

Os problemas ocorrem porque o prédio foi construído para abrigar um centro de educação infantil e a estrutura foi erguida para isso. “Tudo pequeno”, comenta a presidente que também lembra que vários alunos, 50 só na primeira semana de aula, pediram transferência da escola.

“Eles enfrentam várias dificuldades e estão querendo desistir de estudar. Isso não pode acontecer”. Segundo uma funcionária da escola, que preferiu não se identificar, 900 alunos estudam atualmente no colégio. Eles estão distribuídos entre o 6º ano do ensino fundamental e o 3º ano do ensino médio.

Demora na obra e falta de funcionários

A principal reivindicação da APM, segundo Cecília, é a que a obra termine no prazo estipulado para que os alunos retornem ao local de ensino. Fundada em 1973, a escola precisou passar por uma reforma geral do prédio, adaptação da sala de laboratório científico, ampliação de quatro laboratórios tecnológicos, da biblioteca e do refeitório, além dos banheiros.

“A vida da nossa comunidade está lá. Eu mesma estudei nessa escola, hoje meus filhos e filhos de muitas pessoas conhecidas estudam lá. Precisamos de urgência nessa questão”, pede a mulher.

Cecília conta que o percalço na finalização da reforma é a empreiteira responsável pelo empreendimento, Arqsan Egenharia. Segundo a presidente, uma obra desse porte não pode ser tocada por apenas 10 operários.

“Eu conversei com a engenheira responsável e ela me disse que tem dificuldade de mão de obra. Mas isso não pode acontecer, ela que tem experiência no ramo sabe que é necessário contratar mais gente para concluir os trabalhos”, acredita.

Na sede da escola, a reportagem conseguiu contato com um operário, que preferiu não se identificar, mas relatou as dificuldades no canteiro de obras. “Hoje tem 18 funcionários, mas esse número é inconstante. Eles faltam muito e quase não vem trabalhar”, conta.

Os diretores da escola, Miguel Gomes Filho e Alda de Souza Machado, também foram procurados pela reportagem, mas afirmaram que não poderiam dar entrevista sem a autorização da Secretaria de Estado de Educação.

O Midiamax procurou a assessoria do Governo do Estado, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve respostas acerca dos valores de contrato de aluguel, duração e prazos. Na Arqsan, o telefonista disse que o responsável pela empresa não se encontrava e que iria retornar a ligação.

Enquanto isso, a situação da obra não é resolvida, os alunos continuam enfrentando dificuldade no aprendizado e nos estudos e os operários atrasando a reforma do prédio do colégio, conclui Cecília.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre 'cratera' na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra 'fotógrafo de ricos' em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Cotidiano

Escolas rurais da Reme, de Campo Grande, voltam às aulas dia 17

Decisão ocorreu devido a fatores climáticos e de logística

Cotidiano

Castramóvel, Drive-thru da Oração e Ação do Procon interditam trânsito de Campo Grande neste fim de semana

Há interdições previstas para segunda, terça e quarta-feira também

Polícia

Lojas de tênis alvo de fiscalização reabrem com os mesmos produtos no centro de Campo Grande

As lojas foram fiscalizadas na última quarta-feira (5)

Polícia

Homem tenta esfaquear outro e acaba agredido com soco na Praça Ary Coelho

Vítima foi levada até a UPA Coronel Antonino na tarde desta sexta-feira (7)