Em depoimento à CPI da Saúde na Câmara, o ex-secretário municipal de Saúde e atualmente deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) disse aos vereadores que não sabia de nenhuma irregularidade do Hospital do Câncer, investigado pela CPI e pela Polícia Federal, pois a gestão dos recursos, à sua época, não era feita pela Secretaria, mas sim pelo próprio hospital.

“Procedimentos internos e de gestão do dinheiro era de responsabilidade do hospital e não da prefeitura. Nós nos preocupávamos com parcerias, com capacitação de médicos. Não tinha como ter identificado todos esses problemas”, afirmou Mandetta que esteve no cargo de 2005 a julho de 2010.

Segundo ele, o relacionamento era sobre metas qualitativas e quantitativas e que episódios identificados como pacientes que tinham tratamento pago, mesmo após a morte, Mandetta justificou que as autorizações eram feitas em “ciclos”.

“Tudo era por ciclo. Autorizávamos tantas sessões e não a cada tratamento deveria ir lá e pegar uma autorização e por isso aconteciam isso, mas logo foi descoberto com auditorias”, destacou.

Questionado pelos vereadores se não era possível verificar, questionar ou cobrar, o ex-secretário afirmou que não era possível devido ao alto número de pacientes. “Em relações a problemas pontuais eu também não tinha conhecimento, porque não tinha nenhuma relação interna com as pessoas do hospital”, concluiu.

Quanto a tabela SUS pagar a mais para médicos, Mandetta afirmou que não era responsabilidade da prefeitura e sim do hospital e que o Hospital do Câncer sempre foi muito bem avaliado pela população, após implantarem a Ouvidoria.

“É preciso tomar cuidado com esse rótulo de tratamento mal feito, pois tem muita gente que foi bem tratada e beneficiada e está aí para comprovar”, finalizou.

Também está presente na oitiva de hoje o também ex-secretário municipal de Saúde, . O vereador Alex do PT chegou a pedir para que eles fossem ouvidos separadamente, mas não obteve o consentimento dos outros vereadores da Comissão.