Júlio de Castilho será entregue em agosto com estacionamento proibido e reclamações

Estacionar na avenida agora será proibido nos horários de pico e a rua Yokohama só poderá ser trafegada em um único sentido. As mudanças contrariam a vontade dos moradores

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Estacionar na avenida agora será proibido nos horários de pico e a rua Yokohama só poderá ser trafegada em um único sentido. As mudanças contrariam a vontade dos moradores

Alguns comerciantes faliram, outros acreditam que os negócios podem melhorar, mas todos reclamam da demora na revitalização da Avenida Júlio de Castilho, a ser entregue na segunda quinzena de agosto, dois anos após o início das obras. A via, que liga bairros da região oeste da cidade ao centro, ficou diferente e os moradores estranham e reclamam das mudanças.

Estacionar na avenida agora será proibido nos horários de pico. De acordo com a diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Kátia Castilho, o estacionamento não será retirado do local, mas não funcionará das 6h às 9h e das 17h às 20h.

Apesar da garantia de que o estacionamento não será extinto, os comerciantes não estão satisfeitos com a decisão. Com um açougue no local desde o início das obras no ano passado, Amarildo Sandim, de 51 anos, alega que medida diminuirá ainda mais seus lucros.

“Eu acho que deveria ser liberado o dia todo. O horário de pico é mais rentável, pois as pessoas passam no comércio a caminho de casa”, argumenta. O problema é que, no entanto, uma única via ficaria livre, dificultando a passagem de veículos.

Além do estacionamento, os comerciantes alegam que a falta de retornos dificulta o trânsito na Júlio de Castilho. “Na semana passada um homem passou mal na lotérica aqui perto e a ambulância teve que entrar lá na contramão”, relata Sandim.

Mão única e sem acessos

 O implantação de canteiro no cruzamento com a avenida Yokohama também é alvo de críticas. “Eles falaram que vão tirar, mas durante o tempo que fica assim temos grandes prejuízos”, afirma a comerciante Socorro Pereira, 49 anos.

Esta via passará a ser de mão única, formando um corredor com a rua paralela, a Miranda. Juntamente com os donos dos outros estabelecimentos, ela criou um abaixo-assinado para a abertura imediata dos acessos a Yokohama e avenida Brasil. Na rua Capibaribe, o canteiro já foi retirado. A diretora-presidente da Agetran afirma que para as alterações na Júlio de Castilhos, mais de 40 reivindicações feitas pelos comerciantes foram levadas em consideração.

“O projeto está sendo estudado junto com a associação comercial”, alega. Sobre a situação da Yokohama, ela afirma que as alterações a transformarão em um grande eixo de transição. “Ela ligará a avenida José Linhares com a Duque de Caxias. Isto atrairá mais tráfico para os comerciantes”, garante.

Ponte precisa ser trocada

Orçada em cerca de R$ 600 mil, a ponte que fica no final da avenida, na região do bairro Sayonara, ainda não foi trocada. O Secretário de Infraestrutura, Semy Ferraz, diz que o último prazo da empresa vence em 31 de julho.

Caso a obra não seja finalizada até esta data, a empresa será multada. As interdições, segundo o secretário, devem ser retiradas até o fim do mês. Em agosto, apenas ajustes como iluminação e finalização de calçadas serão feitos para que a obra seja entregue.

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