Juiz interdita raio-X de hospital onde menina morreu de gripe suína
O setor de raio-x do Hospital Municipal João Carneiro de Mendonça, em Bandeirantes – distante a 66 km de Campo Grande, foi interditado por decisão judicial. O acesso ao aparelho, o único no município, está proibido. A ordem, assinada pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, atende a um pedido do Ministério Público, que pede […]
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O setor de raio-x do Hospital Municipal João Carneiro de Mendonça, em Bandeirantes – distante a 66 km de Campo Grande, foi interditado por decisão judicial. O acesso ao aparelho, o único no município, está proibido.
A ordem, assinada pelo juiz Fernando Moreira Freitas da Silva, atende a um pedido do Ministério Público, que pede investigação de possível negligência no tratamento dispensado à adolescente Railuce Fabiane Ferreira Lima, de 14 anos, moradora de Bandeirantes, que morreu no último domingo, na Santa Casa de Campo Grande, com suspeita de H1N1.
O secretário de saúde do município, Gilvan Gonçalves, informou ao Campo Grande News, em entrevista por telefone, que a decisão judicial foi expedida após denúncia anônima ao Ministério Público.
Alguém teria informado ao órgão que a Railuce não teria sido submetida ao exame de raios-x, necessário para o diagnóstico, porque o médico não pediu o procedimento, não quis mostrar o resultado ou porque o aparelho estava quebrado.
“A família alega que não foi feito porque a máquina não funcionava e que o médico não quis mostrar o raios-x”, disse. A decisão judicial nomeia Gilvan Gonçalves como responsável pelo cumprimento da ordem, sob pena de desobediência.
O secretário cumpriu o mandado, mas disse estar preocupado com a situação porque o município. Nas palavras dele, “é margeado por rodovia” e, por vezes, vítimas de acidentes são enviadas ao hospital municipal e precisam realizar o exame de raios-x.
“O que me surpreende é a apreensão de uma máquina que não tem nada a ver com o caso”, argumentou. Sem contar esses casos esporádicos, a média de atendimento, segundo ele, é de 10 a 12 pacientes por dia.
O caso – De acordo com o secretário de saúde, a morte de Railuce pode ser o primeiro caso de H1N1 registrado em Bandeirantes. A menina passou por quatro médicos, que, a princípio, suspeitaram de dengue.
No cidade que fica a 70 quilômetros de Campo Grande, ela não chegou a ficar internada, apenas em observação, mas com o agravamento do quadro, a adolescente foi transferida, no sábado (13), para a Santa Casa da Capital. No domingo (14), morreu. Oficialmente, a informação que se tem é que Railuci estaria com dengue, mas, pela suspeita, a morte por conta do vírus Influeza está sendo investigada.
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