Sem indiciar ninguém, CPI da Saúde é alvo de críticas até entre os deputados devido aos gastos.

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Enersul – realizada em 2007, deputado Paulo Correa (PR) declarou que em comparação com a CPI da Saúde, os gastos dessa última foram vultosos. O presidente da CPI da Saúde, Amarildo Cruz (PT), declarou gastos de R$ 350 mil em seis meses de trabalho, mas não apresentou qualquer detalhamento sobre esse custo.

Os deputados Paulo Correa e Marquinhos Trad (PMDB), foram incisivos em afirmar que a CPI da Enersul gastou R$ 11 mil entre abril e outubro de 2007 e que teve retorno significativo. “Nós conseguimos resultados expressivos para os sul-mato-grossenses com a investigação. A CPI da Enersul gastou R$ 11 mil e devolveu mais de R$ 190 milhões aos consumidores de MS. Já a CPI da Saúde sabemos apenas que gastou R$ 350 mil”, declarou.

Já Marquinhos Trad avalia que a CPI da Saúde onerou e muito os cofres públicos, mas não fez qualquer tipo de julgamento sobre os resultados. “Gastou demais. Na CPI da Enersul gastamos R$ 11 mil. E ainda, além dos R$ 191 milhões que conseguimos de devolução, em forma de abatimento nas contas, tivemos a redução de 24,71% na energia elétrica. Já a da Saúde gastou R$ 350 mil e a conclusão é de vocês”, frisou.

A CPI da Saúde, composta pelos deputados Amarildo Cruz (PT) – presidente, Lauro Davi (PSB) – vice-presidente, Junior Mochi (PMDB) – relator, Eduardo Rocha (PMDB) – vice-relator e Onevan de Matos (PSDB) – membro, realizou oitivas em sete microrregiões do Estado, com 35 audiências, 96 pessoas ouvidas e 18 hospitais visitados.