Grupo de 400 peregrinos deixa Buenos Aires rumo ao Brasil

Cerca de 400 peregrinos viajaram nesta sexta-feira à noite, de ônibus, rumo ao Rio de Janeiro, para receber Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O grupo partiu da Catedral Metropolitana, onde o agora papa oficiava missa quando era arcebispo na capital portenha. “Espero viver uma experiência inesquecível para poder contá-la aos que não puderam […]

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Cerca de 400 peregrinos viajaram nesta sexta-feira à noite, de ônibus, rumo ao Rio de Janeiro, para receber Francisco na Jornada Mundial da Juventude (JMJ).

O grupo partiu da Catedral Metropolitana, onde o agora papa oficiava missa quando era arcebispo na capital portenha.

“Espero viver uma experiência inesquecível para poder contá-la aos que não puderam viajar desta vez”, disse à AFP Rodolfo Gandulia, de 20 anos, que integra uma delegação de 17 jovens de uma das maiores comunidades carentes de Buenos Aires.

“Estou muito emocionada. Eu conheço o papa, porque ele ia à nossa paróquia no bairro de Flores e tomava chá mate com os jovens”, contou Araceli Salazar, de 18, que tem um piercing no lábio superior.

O grupo faz parte dos mais de 30 mil argentinos que partiram em caravanas para o Brasil para ver seu compatriota, um homem que, no Vaticano, continua sendo o mesmo que percorria os bairros pobres argentinos.

“É minha primeira experiência em uma JMJ. Para nós, o Papa é um grande, um Deus. Gosto da humildade dele. Eu o conheci há quatro anos, quando foi à nossa paróquia e, agora, eu o vejo na televisão e continua o mesmo”, afirmou Jorge Rueda, de 32.

A mobilização gerada por essa edição da JMJ na Argentina, cuja delegação será a mais numerosa entre as estrangeiras, revela para os especialistas uma revitalização da fé em um país, onde 75% dos habitantes professa o catolicismo.

No meio da multidão, com seus trajes sóbrios, freiras se destacavam.

“Queremos nos sentir um (só) com o restante dos peregrinos e compartilhar com eles a linguagem da fé. O Papa sempre pede pela unidade”, afirmou a freira Leonor Morocho, de 43, que conheceu Francisco quando ele foi fazer um check-up na Clínica San Camilo, onde ela é enfermeira.

Natalia Marx, uma jovem de 22 anos, não parava de sorrir, ansiosa para ingressar na catedral para a missa do arcebispo Mario Poli, antes da partida.

“Eu me converti ao Catolicismo aos 16. Venho de uma família de pai ateu e mãe hinduísta, mas eles me apoiam”, disse Natalia.

Ela contou que pertence ao Movimento da Palavra de Deus em Buenos Aires e que espera que “no Rio, junto com o Papa, minha fé se fortaleça e possa compartilhar a alegria junto com os outros milhares de jovens”.

Os organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) esperam reunir no Rio de Janeiro pelo menos 1,5 milhão de católicos, a maioria de Brasil, Argentina e Estados Unidos, segundo números oficiais.

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