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Greve em portos no Brasil entra no 2o dia; Congresso retoma debate

Trabalhadores dos portos brasileiros de Santos e do Rio de Janeiro entraram no segundo dia de greve para protestar contra a medida provisória que pode abrir os terminais para novos investimentos do setor privado. A greve começou de forma inesperada ao meio-dia de terça-feira nos principais portos do sudeste do Brasil, em Santos, Paranaguá e […]
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Trabalhadores dos portos brasileiros de Santos e do Rio de Janeiro entraram no segundo dia de greve para protestar contra a medida provisória que pode abrir os terminais para novos investimentos do setor privado.

A greve começou de forma inesperada ao meio-dia de terça-feira nos principais portos do sudeste do Brasil, em Santos, Paranaguá e Rio de Janeiro. O Sindicato Nacional dos Estivadores disse nesta quarta-feira, no entanto, que a greve em Paranaguá havia terminado.

“A greve vai continuar em Santos, e esperamos que ela se espalhe para outros portos no Nordeste do Brasil”, disse o presidente do Sindicato dos Estivadores de Santos, Rodnei da Silva.

A greve afetou a movimentação dos navios em Santos, com 14 das 35 embarcações nos ancoradouros não realizando carregamentos por conta da greve, segundo um porta-voz do porto, Alexandre Soares.

A agência marítima Williams disse que a greve não afetou o carregamento de açúcar bruto a granel no porto, mas desacelerou o carregamento de açúcar ensacado por causa da falta de estivadores.

Normalmente, cargas a granel como soja e milho são menos afetadas por greves de trabalhadores, pois exigem menos pessoal. A circulação de produtos em contêineres, como café, açúcar ensacado e carnes são mais vulneráveis às greves.

Autoridades do Porto de Paranaguá afirmaram que o movimento estava voltando ao normal após a greve desacelerar as operações nesta terça-feira.

O Brasil está no meio de exportação de uma safra recorde de soja, enquanto lavouras de café e açúcar devem chegar aos portos sobrecarregados em semanas. Mesmo uma paralisação de um dia aumentaria as já longas filas de navios, e acumularia dezenas de milhares de dólares em custos pelos navios ociosos.

Os trabalhadores portuários temem que o projeto de reforma discutido no Congresso não proteja suficientemente os direitos da categoria, uma vez que permitiria potenciais novos investidores nos terminais, que poderiam realizar a contratação de trabalho não sindicalizado, disse Rodnei da Silva.

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