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Governo vê energia nuclear e carvão como principais fontes de geração no futuro

Com o esgotamento dos recursos hídricos para geração de energia no Brasil, as usinas térmicas movidas a carvão e a urânio (nuclear) ganharão importância na matriz elétrica brasileira entre 2025 e 2030, avaliou o secretario de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho. Ele informou que no planejamento de […]
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Com o esgotamento dos recursos hídricos para geração de energia no Brasil, as usinas térmicas movidas a carvão e a urânio (nuclear) ganharão importância na matriz elétrica brasileira entre 2025 e 2030, avaliou o secretario de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho.

Ele informou que no planejamento de longo prazo que está sendo elaborado no ministério, para um horizonte até 2050, o governo pensa em incluir mais térmicas nucleares, além das quatro já prevista no plano até 2030.

“Um país que cresce de 4 a 5 mil megawatts por ano (em consumo de energia), não é possível atender somente com fontes renováveis, tem que ter uma fonte carro-chefe, como hoje é a hidrelétrica”, disse o secretário.

“Será uma fonte que vai ser responsável por 40%, 50% do mercado, e por isso tem que ser uma fonte térmica, e as que existem hoje são nuclear, carvão e gás natural”, explicou o executivo, descartando gás natural por ser um combustível mais caro do que os demais.

Segundo ele, a energia nuclear é a que apresenta o menor custo entre as opções citadas.

Nos planos atuais do governo, mais quatro usinas nucleares devem ser construídas até 2030, com capacidade de gerar 1 mil megawatts cada. O governo estuda se permitirá a participação da iniciativa privada na construção de usinas nucleares, hoje proibida.

“Não será um programa puramente estatal. Com a experiência bem sucedida que estamos tendo na geração, é possível que isso seja estendido para a nuclear”, disse sobre as usinas hidrelétricas no Norte do país que estão sendo construídas em parcerias da Eletrobras e o setor privado.

A escolha apenas do Nordeste como local para a instalações da unidade não é consenso no governo, e a tendência, segundo Ventura Filho, é de que o Sudeste também receba novas usinas nucleares.

“A visão de longo prazo está sendo revista, estendendo de 2030 para 2050”, disse, sem especificar quando será apresentado o estudo mais amplo.

Já para a decisão de adoção de mais usinas a carvão mineral, o desenvolvimento de uma tecnologia que torne a operação mais limpa é fundamental, segundo o secretário. O carvão é um dos maiores emissores de gás carbônico entre as fontes de energia do mundo. Na China, 68% da energia é produzida pelo carvão.

Sobre a energia solar, que estreia no leilão que será realizado em novembro, com entrega de energia para 2016 (A-3), Ventura Filho afirmou que será uma fonte importante para o Brasil no longo prazo, assim que o preço for mais atraente.

“O preço já foi de R$ 800 o megawatt-hora e agora já se fala em R$ 250 o megawatt-hora, está caindo”, disse o secretário, prevendo que o preço de R$ 165 o MW-h, que vem sendo especulado pelo mercado de energia para o leilão de novembro, só deve entrar em vigor por volta de 2017/2018.

ESPIONAGEM

Ventura Filho repetiu o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, e classificou as possíveis espionagens feitas pelo Canadá e outros países, denunciado ontem pela, o Fantástico, da TV Globo, de “graves e preocupantes”, mas que o ministério tem proteção dos seus dados estratégicos.

Ao mesmo tempo, o secretário afirmou que como existem muitos leilões programados na área de energia, tanto no setor elétrico como no de petróleo e gás, “é claro que existe algumas informações que são estratégicas, relacionadas a tecnologia e custos, e não seria desejável que ocorresse (espionagem)”.

Ele disse no entanto, que a maioria das informações são públicas sobre esses leilões e que não acredita que os mesmos não sejam prejudicados por conta de uma possível espionagem.

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