Sem explicar o motivo, o governo mudou novamente a data do 1º leilão de áreas do pré-sal, antes previsto para novembro, depois para 22 de outubro e agora para 21 de outubro, uma segunda-feira.

A ANP (Agência Nacional do Petróleo) também não soube explicar o motivo da mudança.

O leilão do pré-sal será a primeira experiência do país no sistema de partilha, no qual o mais importante para o governo é o percentual de petróleo que será retornado após o desconto dos custos do concessionário.

No sistema de concessão implantado em 1999 pelo governo Fernando Henrique Cardoso e que ainda vigora para áreas fora do pré-sal, o retorno para o governo vinha dos bônus de assinatura, que tinham um preço mínimo estipulado e vencia quem desse o maior ágio.

No leilão de 21 de outubro, o bônus de assinatura será fixo em R$ 15 bilhões e vencerá quem oferecer mais petróleo ao governo.

O piso mínimo para essa oferta é de 40% do total produzido.

A Petrobras terá obrigatoriamente 30% do bloco vendido e os consórcios serão formados no máximo por mais sete empresas, já que no mínimo a participante terá que possuir 10% do consórcio.

O primeiro campo licitado será o reservatório gigante de Libra, na bacia de Santos, que foi descoberto pela Petrobras, contratada pela ANP, e possui entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris de petróleo.