O ex-prefeito de , (PMDB), recebeu aumento do governo de André Puccinelli (PMDB) pelo exercício da medicina. Segundo decreto, o prefeito completou 20 anos “de efetivo exercício prestado ao Estado”, o que garantiu 5% de reajuste salarial.

A publicação “efetivo serviço” é no mínimo curiosa diante da carreira política do prefeito. O decreto diz que Nelsinho completou 20 anos de serviço em 2009, o que indica o ingresso no governo em 1989. A constatação deixa claro que, certamente, o ex-prefeito não atuou por 20 anos.

A carreira política de Nelsinho começou em 1992, quando ele foi eleito vereador em Campo Grande. Do primeiro mandato até a entrega da prefeitura, Nelsinho foi reeleito vereador, eleito deputado e prefeito duas vezes, acumulando 20 anos ininterruptos de vida pública, o que inviabiliza boa parte destes ditos 20 anos de “efetivo serviço”.

Em 2013, Nelsinho voltou ao posto de médico do Estado, mas não chegou a atender em hospital. Ele foi remanejado por Puccinelli para a secretária de Governo, com a justificativa de que atuaria como perito. Porém, não chegou a ficar muito tempo no posto, visto que ganhou uma secretaria de Puccinelli para começar a fazer campanha rumo a eleição para o Governo do Estado em 2014.

O tempo de medicina de Nelsinho não foi suficiente para garantir a aprovação da administração dele no que se refere à saúde. O setor foi o maior alvo de reclamações e um dos fatores decisivos para a derrota do PMDB após 20 anos de hegemonia em Campo Grande. A principal observação era de que a prefeitura foi administrada 16 anos por dois médicos, Puccinelli e Nelsinho, e estava em péssimas condições.

Recentemente, o governador André Puccinelli defendeu a secretária de Saúde Beatriz Dobashi e culpou os ex-secretários de Saúde de Nelsinho, Luiz Henrique Mandetta e , pelos problemas. Segundo o governador, com a gestão plena da saúde, as normativas totais são dadas pelo gestor municipal, o que evidencia a responsabilidade dos secretários, primo e cunhado, respectivamente, de Nelsinho.