Figuras cada vez mais frequentes no que se diz respeito à organização de excursões e viagens nacionais e internacionais, os “freelancers”, agentes de turismo que não são ligados a nenhuma companhia de viagem, vem ganhando espaço e mais clientes nesse ramo. Tendo a propaganda “boca a boca” como grande aliada, cada vez mais pessoas buscam os serviços desses profissionais no mercado.

Um destes “freelancers” é Diego Lima, que se classifica com agente de viagens individual e começou a trabalhar com viagens em grupo quando morava na Espanha. “Morei 12 anos na Espanha e lá trabalhei 10 anos com excursões para o circuito Espanha/Portugal. E aí então surgiu o know-how para trabalhar com excursões em grupos”, explica Diego.

Diego voltou para Campo Grande há dois anos e meio, e desde então mais de 400 pessoas já viajaram com ele em viagens nacionais e internacionais. Segundo o agente, a única diferença em relação às agências de viagens é que ele não emite as passagens aéreas individuais no ato da compra.

Com uma média de quatro excursões internacionais por ano e algumas viagens nacionais, Diego revela que pretende a partir do ano que vem não trabalhar mais com pacotes de viagens para o território nacional, mesmo com a Copa do Mundo sendo realizada no Brasil no próximo ano.

“É uma realidade, organizar uma viagem internacional, dá menos trabalho do que organizar uma viagem nacional. Não vou trabalhar com a Copa do Mundo no ano que vem porque acredito que o Brasil não oferece uma estrutura boa nem para receber turistas nacionais, quanto mais internacionais”, afirma Diego.

Agências

Do lado das agências de viagens, o proprietário da MS Viagens, Marcio Soares Correia trabalha no ramo há 15 anos e afirma que estes profissionais não atrapalham as agências de viagem porque esses profissionais já tem uma clientela cativa.

Marcio também acredita que o serviço prestado pelos freelancers e pelas agências de viagem é o mesmo, o que diferencia é o conhecimento da pessoa que está atendendo referente à viagem que está sendo consultado.

“Outra diferença é caso algum problema aconteça com uma viagem de um freelancer, a pessoa não tem o suporte de uma agência de viagens na hora de reclamar, e de certa forma acaba ficando nas mãos desse profissional porque a reclamação será feita diretamente a ele”, explica o proprietário.