Fabricação de bolsas garante oportunidade a detentos da Phac
Bolsas personalizadas, carteiras, porta-documentos, mochilas escolares, pastas para notebooks e sacolas térmicas são alguns dos materiais produzidos na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), em Dourados. O trabalho é uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a ONG Artaban, que oferece as máquinas, os materiais, capacita e remune…
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Bolsas personalizadas, carteiras, porta-documentos, mochilas escolares, pastas para notebooks e sacolas térmicas são alguns dos materiais produzidos na Penitenciária Harry Amorim Costa (Phac), em Dourados. O trabalho é uma parceria entre a Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário (Agepen) e a ONG Artaban, que oferece as máquinas, os materiais, capacita e remunera os internos, e fica responsável pela venda do que é confeccionado no presídio.
Os modelos variados incluem peças feitas sob-encomenda. De acordo com a presidente da Artaban, Eronita Boeira, são fabricadas peças em couros e materiais similares, incluindo bolsas em que são impressas fotografias das pessoas.
As peças que não são exclusivas são vendidas principalmente na sede da ONG na Capital. Os produtos também são comercializados por representantes em cidades do interior. A produção atende ainda instituições e empresas do Estado. “Estamos abertos a encomendas”, ressalta Eronita.
O reeducando Elândio Soares, 35 anos é o responsável pelo setor, atuando desde o desenho e corte das peças à montagem e acabamento. Pelo trabalho, ele recebe remuneração e remição da pena (cada três dias de serviços prestados, um é diminuído no total a ser cumprido).
Mais do que uma ocupação dentro do presídio, trabalhar na fabricação de bolsa, conforme o custodiado, representa uma perspectiva profissional para o futuro. “Adoro o que eu faço hoje e já tenho, inclusive, proposta de trabalho quando eu estiver na rua [em liberdade]”, garante.
Para o diretor da Phac, Joel Rodrigues, o trabalho é muito importante para os reeducandos, no sentido de dar uma oportunidade de capacitação e perspectivas profissionais para quando deixarem a prisão. “Ainda contribui para a disciplina dentro do presídio, já que para trabalhar os detentos têm que atender a alguns critérios, entre eles ter bom comportamento”, garante.
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