As exportações de soja do Brasil em junho caíram para 6,57 milhões de toneladas, após um recorde em maio, em meio a um clima mais chuvoso no mês passado.

Em maio, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) havia registrado 7,95 milhões de toneladas embarcadas, enquanto em junho de 2012 foram exportadas 4,84 milhões de toneladas. No ano anterior, as exportações foram menores após uma quebra de .

O mês de junho foi mais chuvoso que o anterior nos dois principais portos do país. Os porões dos navios ficam fechados quando chove, para não elevar a umidade da carga.

Em Paranaguá choveu um acumulado de 246 milímetros em junho, 115 por cento acima da média histórica para o mês, segundo a Somar Meteorologia.

No somatório das horas paradas em função das chuvas, o porto paranaense ficou dez dias fechado em junho, contra seis dias e meio em maio, de acordo com dados da autoridade portuária local (Appa).

Já em Santos, a Somar verificou em junho 17 dias com pelo menos algum registro de chuva ao longo do período de 24 horas, contra 11 dias em maio.

“Essas chuvas em Santos ficaram mais concentradas nas últimas semanas de maio. Tivemos quase 20 dias muito bons para o embarque (naquele mês). Diferente de junho, em que está chovendo quase todos os dias. Mesma coisa para Paranaguá”, disse o agrometeorologista da Somar, Marco Antônio dos Santos.

No acumulado do primeiro semestre, o Brasil já embarcou 26,17 milhões de toneladas de soja da temporada 2012/13, de acordo com cálculos da Reuters baseados nos dados oficiais.

O volume representa mais de 71 por cento das exportações previstas pelo governo para 2012/13, que deverão somar 36,78 milhões de toneladas.

As exportações de milho em junho subiram para 369 mil toneladas, uma alta de 33 por cento ante o volume embarcado em maio.

O Brasil está em meio à colheita prevista para ser recorde de milho segunda safra.

Os embarques no mês passado também cresceram ante as 134,4 mil toneladas registradas em junho de 2012.

Especialistas apontaram anteriormente que as exportações de milho deverão ser mais fortes em julho, agosto e setembro.