Apesar dos resultados positivos de outubro e novembro e da estimativa de superávit em dezembro, o governador André Puccinelli afirmou que o Poder Executivo irá fechar 2013 com déficit e que precisará recorrer à reserva para pagar o 13º dos servidores. A declaração foi feita à imprensa após agenda pública no Crea-MS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), em Campo Grande.

“Em dezembro vai dar superávit também, mas na soma do ano não tem recursos para pagar o 13º. Ou seja, vamos tirar mais um pouquinho da reserva”, disse o chefe do Executivo.

Ele lembrou que o governo enfrentou três meses seguidos de déficit e insinuou que, se não contar com uma ajuda do governo federal, precisará “fazer mágica” para fechar as contas no fim do seu governo, em 2014. “Temos que fazer alquimia, fazer a pedra filosofal, porque o governo federal está um pouquinho insensível”, declarou.

O chefe do Executivo lembrou ainda que no final de 2014 terá que deixar quitada a folha salarial do mês de dezembro, por ser o último ano de governo.

Apesar das dificuldades, Puccinelli afirma que irá cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “Mato Grosso do Sul chega até o final do meu governo, em 2014, cumprindo todos os compromissos porque eu faço igual a formiga, na fábula da formiga com a cigarra”, declarou.

Ele afirmou que a situação está difícil para todos os governos, mas cobrou a edição de uma medida provisória para compensar as perdas de arrecadação decorrentes da Lei Kandir. “Os governos, na parte que concerne aos Executivos municipais, estaduais e federal, estão cada vez mais com pouca munição”, destacou.

Por conta dessa falta de recursos, Puccinelli disse que os governadores irão nesta semana ou na próxima a Brasília para cobrar do governo federal a MP e o pagamento do Fundo de Apoio às Exportações (Fex). “Se não nos der o Fex, fundo de exportação, os governadores vão estar com a água encobrindo a vista, tendo que pular para respirar”, resumiu.