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Dificuldade em aprender coisas novas é um dos sintomas do Alzheimer

Para quem pensa que o mal de Alzheimer é somente perda de memória, está enganado, pois um dos principais sintomas é a dificuldade de aprender coisas novas. Esquecer onde deixou o celular, uma conversa que teve pela manhã, esses e outros esquecimentos, tornam-se cada vez mais frequentes quando diagnosticada a doença. O Alzheimer é uma […]
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Para quem pensa que o mal de Alzheimer é somente perda de memória, está enganado, pois um dos principais sintomas é a dificuldade de aprender coisas novas. Esquecer onde deixou o celular, uma conversa que teve pela manhã, esses e outros esquecimentos, tornam-se cada vez mais frequentes quando diagnosticada a doença.

O Alzheimer é uma doença neurodegenerativa, que destrói os neurônios progressivamente. A professora do curso de Psicologia da Unigran Bruna Paes de Barros, explica que existe uma perda significativa de sinapses e mortes de neurônios nas regiões do cérebro responsáveis pela condição cognitiva do ser humano. “O processo é complexo, pois inclui exposição a fatores de risco, condições genéticas, acúmulo e/ou redução de substâncias no organismo e inflamações”, esclarece.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Alzheimer afeta entre 24 e 37 milhões de pessoas, e em 2050 pode chegar a 115 milhões. No Brasil ainda não existem dados oficiais sobre quantas pessoas possuem a doença, mas a OMS estima que seja em torno de um milhão.

A psicóloga descreve que os primeiros sintomas são os de memória, e, um dos principais é a dificuldade de aprender coisas novas. “Há outros sintomas como dificuldade para encontrar caminhos já conhecidos, repetição de perguntas e comentários em curto espaço de tempo, dificuldade para acompanhar raciocínio complexo, irritabilidade e possivelmente agressividade, sendo ou não acompanhado de um isolamento social, suspeitas e interpretações equivocadas”, descreve.

A grande maioria das pessoas recebe o diagnóstico por volta dos 65 anos, mas existem casos que são precoces. Geralmente o diagnóstico é tardio, muitas vezes devido à progressão da doença e desconhecimento dos primeiros sintomas pelas pessoas e dos seus próximos. A doutora em Ciências da Saúde (Nefrologia) garante que “o ideal é que um neurologista seja o especialista para procurar, pois inicialmente o médico fará o diagnóstico diferencial do Alzheimer com outras doenças das quais os sintomas são semelhantes. Em um primeiro momento, a anamnese [entrevista para diagnosticar a doença] e a avaliação cognitiva são realizadas por um neurologista atento aos critérios do DSM (Manual de Diagnóstico em Saúde Mental) e critérios definidos pela Academia Brasileira de Neurologia”.

A doença ainda não tem cura, o tratamento é limitado e faz com que aconteça a melhora dos sintomas. Os medicamentos ajudam na redução da progressão da doença, uma vida saudável com boa alimentação e prática de atividades físicas, melhora a qualidade de vida e atenua os sintomas do mal de Alzheimer.

É importante ressaltar que, de algum modo, os familiares ou alguém próximo ajude a pessoa que sofra com a doença, recebendo atendimento especializado, incluindo psicológico. “Não é raro, que no inicio, principalmente a pessoa que preserva funções cognitivas sinta-se frustrada diante dos sintomas debilitantes e de incapacidade, próprios da evolução da doença. Nas fases mais avançadas, é comum que os familiares, sobretudo o acompanhante da pessoa, da qual muitas vezes sente-se sobrecarregado com os cuidados, também necessite de cuidados”, enfatiza a psicóloga.

A professora Bruna ainda aconselha que é necessário respeitar a opinião da pessoa, as vontades e atender as necessidades, demonstrando apoio. “Participar de grupos de apoio, buscar informações em sites especializados, tirar dúvidas com os profissionais de saúde são algumas das alternativas em ajudar o doente”, propõe.

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