Deputados criticam venda de Enersul para Energisa e propõem estatização do serviço

A penúltima sessão da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16) foi marcada por críticas sobre a venda do Grupo Rede Energia, que mantém a concessionária do sistema elétrico no Estado, a Enersul, para o Grupo Energisa, com compromisso já assinado neste mês. Denúncias contra a compradora foram apresentadas e proposta de estatização também foram temas. A […]

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A penúltima sessão da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (16) foi marcada por críticas sobre a venda do Grupo Rede Energia, que mantém a concessionária do sistema elétrico no Estado, a Enersul, para o Grupo Energisa, com compromisso já assinado neste mês. Denúncias contra a compradora foram apresentadas e proposta de estatização também foram temas.

A Energisa possui 150 mil consumidores na Paraíba, 630 mil em Sergipe e 394 mil em Minas Gerais, também em Nova Friburgo e captaria mais 1 milhão de consumidores com a compra da Enersul. “Ela é pequena, só detém 2% do potencial do país, em comparação com outras e tem inúmeras denúncias sobre a empresa”, disse o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB).

O deputado apresentou então que a empresa foi multada em R$ 50 milhões pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) por desrespeito aos consumidores.

“Funcionários denunciaram aos deputados da Paraíba que faziam ‘gatos’ – fraudes no relógio – para causarem prejuízos e com isso a empresa obtia lucros com multas e receita extra de R$ 125 milhões extras que lançava sobre a rubrica de perdas não-técnicas”, afirmou Marquinhos que acredita que a melhor opção não é a venda para este grupo.

No dia 15 de julho termina no prazo da recuperação judicial do Grupo Rede. Já o prazo dado pela Aneel para a intervenção das oito distribuidoras de Rede termina no dia 31 de agosto. A dívida da concessionária segundo Marquinhos está em R$ 2 bilhões.

Uma solução para a Enersul, na visão do deputado Pedro Kemp (PT), seria a estatização da concessionária. “Por ser detentora de um serviço essencial para o Estado e estratégico também, acredito que a estatização seja o melhor a fazer”, explicou.

Para o deputado petista a quebra de contrato – de 30 anos – poderá ser feita pelo não cumprimento dos termos e fazer a retomada do serviço. “É uma empresa lucrativa e foi vendida a preço de banana. Essa retomada deveria ocorrer, dá para pedir aporte ao BNDES, por exemplo”, explicou.

Kemp ainda disse que todas as possibilidades deverão ser estudadas por uma comissão que deverá ser proposta amanhã (17) pela bancada petista, para que se faça o estudo de viabilidade da estatização para ser futuramente apresentada ao Governo do Estado.

A assessoria do Grupo Energisa foi procurada pela reportagem para divulgação da versão da empresa sobre as denúncias e um posicionamento foi prometido para o decorrer do dia.

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