Psicóloga ressalta que algumas atitudes do homem pode servir de alerta, como um tapa no rosto ou empurrão, ‘até para a mulher pensar em estratégias e garantir a própria vida’.

O crime que chocou a pacata cidade de Jardim na manhã de ontem (23), onde residem 25 mil habitantes, ainda é motivo de reflexão para muitas pessoas. Inconformado com o fim do relacionamento, Ivandro Romeiro Voutsas, 43 anos, matou a ex-mulher, a professora Maxilene Mendes Vaz, 34 anos e depois cometeu suicídio.

“Foi um crime fechado. Ele já demonstrava o propósito de tirar a vida dela, carregando consigo uma arma e aproveitando o momento da discussão acalorada que eles tiveram, em frente ao cartório, para cometer o crime. Assim que ela pediu ajuda, ele já vinha por trás apontando a arma”, explica a delegada Elaine Cristina Ishiki, da Delegacia de Atendimento a Mulher do município.

Anterior ao crime, nas redes sociais em que ambos possuíam perfil, Ivandro teria colocado como viúvo o seu status e Maxilene como separada. Em comentários, eles também demonstravam tristeza pelo momento em que estavam passando.

”Agora, infelizmente, o que nos resta é analisar as circunstâncias do crime e, se porventura, alguém auxiliou o autor no crime, não para fins de punição. Vamos começar ouvindo os funcionários do cartório e parentes do Ivandro e da Maxilene”, comenta a delegada, dizendo que o inquérito está em andamento.

Psicóloga diz que algumas atitudes do homem servem de alerta para mulher se afastar do relacionamento

Ainda analisando o fato, de forma superficial, a psicóloga Céris Duarte, especialista em terapia comportamental, ressalta que algumas atitudes do homem pode servir de alerta, ‘até para a mulher pensar em estratégias para garantir a própria vida’.

”Se o homem começar a demonstrar atitudes exageradas, como se fosse o seu dono, além daquela ‘violência discreta’ nas brigas, com empurrões e um tapa no rosto, já pode ser um sinal de uma atitude patológica. E fazer isso se transformar em um crime é mais comum do que se pensa, por isso a importância de se preocupar não só com a lei, mas também procurar um psicólogo, por exemplo”, explica ao Midiamax a psicóloga.

É um processo complexo, que analisa a formação da personalidade do autor, que talvez tenha convivido com isso entre os familiares, algo que desencadeou até no seu pensamento de vida. “Neste caso podemos dizer que ele não lidou bem com a separação e que ela estava com a vida em perigo, sendo que a lei não protege neste sentido. Mas sim uma análise do comportamento do homem”, conclui a psicóloga.

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