CPI leva dados que apontam suspeita de má gestão de recursos em MS a Padilha

Todos os gestores de hospitais já ouvidos pela CPI da Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul respondem unanimemente que faltam recursos do SUS para o atendimento de pacientes no Estado. Porém, o deputado estadual e presidente da CPI, Amarildo Cruz (PT), diz que a Comissão já analisou alguma documentação e pode dizer […]

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Todos os gestores de hospitais já ouvidos pela CPI da Saúde da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul respondem unanimemente que faltam recursos do SUS para o atendimento de pacientes no Estado.

Porém, o deputado estadual e presidente da CPI, Amarildo Cruz (PT), diz que a Comissão já analisou alguma documentação e pode dizer que o problema maior é da gestão e que esses dados serão apresentados em reunião nesta terça-feira (16) em Brasília com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.

“O SUS não tem por obrigação reformar a Santa Casa. Não repor equipamentos e substituir por locados é visivelmente um problema de gestão, onde a privatização é priorizada. Um prédio em pedaços é sim um problema de gestão. Desse jeito, é lógico que o dinheiro nunca vai dar”, declarou a Antônio Lastória, Issan Maussa e Nilo Sérgio Laureano Leme, membros nomeados pelo Estado e Município para a Junta Interventora da Santa Casa, que geriu o hospital por oito anos.

Durante as oitivas desta segunda-feira (15), os três membros reforçaram que a dívida da Santa Casa deixada para a Junta Interventora era de R$ 60 milhões e não de R$ 37 milhões. Eles afirmam que entregaram o hospital com uma dívida de R$ 109 milhões e que pagaram cerca de R$ 35 milhões.

Além disso, eles concordaram que o melhor caminho para a eficiência do serviço era o aluguel de equipamentos, fato duramente questionado pelo atual gestor na audiência passada, Wilson Teslenco.

Nilo Sérgio relatou que 270 mil são gastos por mês para o aluguel de três aparelhos de raio-x que juntos, somam cerca de R$ 600 mil se comprados. Ele alegou que o que importa não é a economia, mas a resolutividade.

O deputado Onevan de Matos questionou se uma boa gestão do hospital não resolveria o problema e compraria os aparelhos, mas obteve a mesma resposta de sempre: ‘se o SUS repassasse mais recursos, dava’.

 

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