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CPI do Calote deve investigar todos os contratos e larga com 11 assinaturas

Após tentativa frustrada na última quinta-feira, os vereadores devem retomar amanhã com força total debate sobre instalação de CPI para investigar os motivos de o prefeito não estar pagando fornecedores
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Após tentativa frustrada na última quinta-feira, os vereadores devem retomar amanhã com força total debate sobre instalação de CPI para investigar os motivos de o prefeito não estar pagando fornecedores

Após tentativa frustrada na quinta-feira (23), os vereadores devem retomar amanhã (28) com força total debate para instalar a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Calote visando investigar os motivos de o prefeito Alcides Bernal (PP) não estar pagando fornecedores. Autor da proposta, o vereador Paulo Siufi (PMDB) promete apresentar novo requerimento e larga com pelo menos 11 assinaturas, número suficiente para abrir a CPI.

“A sessão de quinta-feira encerrou com a adesão de 11 dos 29 vereadores”, destacou. Na oportunidade, no entanto, não foi possível instalar a comissão porque os integrantes do legislativo esqueceram de pedir a prorrogação da sessão no prazo regimental das 11h45. A falha obrigou a Câmara a seguir o regimento e encerrar a sessão. “No meio da polêmica, ninguém lembrou de solicitar a prorrogação”, explicou Siufi. 

Na ocasião, ele sugeriu restringir a investigação na falta de pagamento a CG Solurb, concessionária responsável pela coleta de lixo em Campo Grande, cuja dívida gira em torno de R$ 25 milhões desde dezembro do ano passado, e a RDM Recuperadora de Créditos, que tem R$ 4,406 milhões a receber da administração municipal. “Recebi ligações de outros fornecedores que pediram uma CPI ampla e vou acatar a sugestão”, informou Siufu.

Os aliados do prefeito não são contra a CPI, mas defendem que a investigação entre no processo de contratação da RDM e da Solurb. “Estou ansioso. Há muito tempo fiz requerimento sobre o contrato com a RDM e até hoje não consegui resposta”, declarou o vereador Alex do PT, líder de Bernal na Câmara. Os contratos com as duas empresas envolvem as gestões dos ex-prefeitos Nelsinho Trad (PMDB) e André Puccinelli (PMDB).

Também da base de Bernal, a vereadora Luiza Ribeiro (MD) faz coro ao discurso do petista e cobrou entrar a fundo na licitação feita por Nelsinho para a coleta de lixo. Ela frisou que o Ministério Público Estadual (MPE) já recomendou a nulidade do procedimento licitatório 066/2012 e, consequentemente, do contrato de parceria público-privada com a Solurb.

Siufi, por sua vez, é contra a proposta. “Se está irregular, cancela e não dá calote”, defendeu. Para ele, a CPI precisa centrar a investigação na falta de pagamento. “Se trabalhou, tem que pagar. É uma falta de respeito não cumprir com o dever”, avaliou.

Neste sentido, o vereador coloca na mira da investigação o montante que o prefeito tem em caixa, o que empenhou, o que falta pagar e os motivos de não efetuar os pagamentos. Segundo ele, além da Solurb e RDM, empresas do setor da construção e da prestação de serviço também reclamam de calote.

Questionado sobre os nomes dos vereadores que aderiram à CPI, Siufi citou Flávio César (PTdoB), Otávio Trad (PTdoB), doutor Jamal (PR), Paulo Pedra (PDT), Coringa (PSD), Chiquinho Telles (PSD) e Delei Pinheiro (PSD). “Tenho assinatura de 11, mas não lembro de todos”, disse.

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