Coreia do Norte chama encontro entre Park e Obama de preparação de guerra

A Coreia do Norte alega que a cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul é um prelúdio para a guerra contra Pyongyang. Um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia chamou a visita da presidente sul-coreana Park Geun-hye a Washington esta semana de uma “desprezível viagem bajuladora para […]

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A Coreia do Norte alega que a cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos e da Coreia do Sul é um prelúdio para a guerra contra Pyongyang. Um porta-voz do Comitê para a Reunificação Pacífica da Coreia chamou a visita da presidente sul-coreana Park Geun-hye a Washington esta semana de uma “desprezível viagem bajuladora para agradar ao seu senhor”.

O presidente Barack Obama e Park Geun-hye alertaram Pyongyang nesta terça-feira contra as provocações nucleares. A Coreia do Norte realizou seu terceiro teste nuclear em fevereiro e, desde então, emitiu uma série de ameaças de guerra. O porta-voz norte-coreano disse que Pyongyang está observando “com paciência” para ver se Park mudará o que o país considera uma posição hostil.

Park e Obama dizem que estão abertos ao diálogo se Pyongyang agir em direção ao desarmamento nuclear. Enquanto isso, o porta-aviões nuclear norte-americano USS Nimitz e outras três embarcações do país devem chegar na costa da cidade sul-coreana de Busan neste sábado, em uma demonstração do apoio aos aliados na região. Segundo Wee Yong-sub, vice-porta-voz do Ministério de Defesa da Coreia do Sul, o porta-aviões vai participar de uma série de exercícios navais, incluindo operações de busca e resgate.

Na semana passada a Coreia do Norte havia criticado esses exercícios nas águas do tenso Mar Amarelo. Pyongyang vê essas armas nucleares dos EUA na região como uma tentativa de derrubar seu governo. Hoje o Ministério de Relações Exteriores norte-coreano disse em comunicado que essas atividades geram “a maior ameaça nuclear que existe”, pedindo que Obama cancele esses “exercícios hostis”.

Na segunda-feira o principal enviado dos EUA para lidar com a questão da Coreia do Norte, Glyn Davies, viaja para Seul para se encontrar com altas autoridades sul-coreanas, antes de partir para a China e o Japão, em uma viagem de três dias.

Demissão

O escritório da presidente da Coreia do Sul informou nesta sexta-feira que demitiu seu principal porta-voz, Yoon Chang-jung, após um “infeliz incidente” durante a visita de Park Geun-hye a Washington. Sem dar mais detalhes, o governo disse que as ações dele mancharam a dignidade do país.

Segundo a agência de notícias sul-coreana Yonhap, Yoon Chang-jung, de 56 anos, teria sido acusado por uma mulher de agarrar suas nádegas sem permissão, em um hotel de Washington. Um relatório da polícia da capital norte-americana não descreve as circunstâncias do incidente nem identifica a vítima ou o acusado. O governo sul-coreano disse que sua embaixada está investigando o caso.

Park, que tomou posse em fevereiro, enfrentou uma forte oposição no seus primeiros meses no cargo sobre propostas de políticas e suas escolhas para postos importantes no governo. Muitas nomeações acabaram sendo canceladas, em meio a acusações de corrupção e outras queixas. As informações são da Associated Press.

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