Consórcio atribui incidente na Fonte Nova a erro humano

O consórcio que administra a Arena Fonte Nova atribuiu a um “erro humano” o acidente que causou o rompimento de uma das 36 membranas que recobrem a cobertura do estádio de Salvador. Na manhã desta segunda-feira, uma destas membranas cedeu à pressão da água acumulada no teto, após chuva constante na capital, e abriu um […]

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O consórcio que administra a Arena Fonte Nova atribuiu a um “erro humano” o acidente que causou o rompimento de uma das 36 membranas que recobrem a cobertura do estádio de Salvador. Na manhã desta segunda-feira, uma destas membranas cedeu à pressão da água acumulada no teto, após chuva constante na capital, e abriu um buraco na cobertura.

O acidente ocorreu dois dias antes de o estádio ser entregue à Fifa para a realização da Copa das Confederações. Depois da chuva, a água se acumulou na base – ponto de ligação entre a lona e a estrutura de concreto do estádio – de três das membranas, localizadas no setor leste do estádio.

Uma delas não suportou o peso da água e cedeu. Nas outras duas, com quantidade menor de água acumulada, funcionários foram deslocados para fazer a drenagem usando baldes de água. Não houve feridos, mas cadeiras do setor leste ficaram danificadas.

Segundo o diretor de engenharia do consórcio Fonte Nova Negócios e Participações, José Luís Góes, houve um recente processo de checagem da cobertura, por causa da chuva que vem caindo desde o mês passado sobre a cidade, e algum funcionário enrolou um pedaço da lona que faz o escoamento da água.

O procedimento, de acordo com ele, fez com que a água ficasse represada no local até que a membrana não resistisse ao peso. O problema só foi detectado após o rompimento da cobertura. “Não houve problema estrutural da cobertura, mas um erro nesse processo de verificação, que já foi identificado e está sendo reparado”, contou o engenheiro. De acordo com ele, o estádio estará pronto na entrega à Fifa.

O governador da Bahia, Jaques Wagner, criticou o acidente. “Aquilo foi feito para suportar qualquer chuva, não deveria acumular água nenhuma”, disse. “Estou cobrando o consórcio para esclarecer o ocorrido e eles devem cobrar a empresa que fez a instalação e a manutenção da estrutura.”

Wagner, junto com a presidente Dilma Rousseff, inaugurou o estádio em 5 de abril. Dois dias depois, a arena recebeu seu primeiro grande teste, um clássico entre Bahia e Vitória válido pelo Campeonato Baiano – vencido pelo segundo por 5 a 1. A última partida no local ocorreu no sábado, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro, no empate por 2 a 2 entre Vitória e Internacional.

A Fonte Nova, que custou R$ 689,4 milhões, receberá três jogos da Copa das Confederações, entre eles a partida entre Brasil e Itália, no dia 22. O confronto entre Nigéria e Uruguai, no dia 20, também será realizado no local, assim como a disputa pelo terceiro lugar na competição.

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