Um grupo de defesa dos direitos humanos disse neste domingo que o levante popular na Síria, que começou em março de 2011, já deixou mais de 50 mil mortos. Segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos, sediado em Londres, entre os 50.009 mortos estão 34.942 civis, sendo que quase 8 mil aderiram à luta armada contra o regime de Bashar al-Assad. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que até 60 mil pessoas morreram no país.

De acordo com as contas do Observatório Sírio, 1.619 mortos eram soldados desertores e outros 12.283 eram integrantes das forças de segurança do governo. Outras 1.165 mortes não tiveram sua origem identificada. A entidade colhe informações de uma rede de ativistas, advogados e médicos em hospitais civis e militares em toda a Síria.

Entre os civis mortos, 3.679 tinham menos de 18 anos e 2.120 eram mulheres. “Esses números não incluem prisioneiros desaparecidos, estimados em milhares; nem integrantes da milícia pró-governo shabiha; nem centenas de estrangeiros, cujas mortes são notificadas nos seus próprios países; nem informantes do regime”, diz o diretor do Observatório Sírio, Rami Abdel Rahman.

Neste domingo, a subsecretaria-geral para Assuntos Humanitários e coordenadora de Ajuda Emergencial da ONU, Valerie Amos, chegou a Damasco, segundo noticiou a agência estatal de notícias da China, a Xinhua. Durante sua visita de dois dias, ela deve se encontrar com autoridades do Ministério de Relações Exteriores.

Recentemente, a ONU informou que cerca de 4 milhões de sírios precisam de ajuda humanitária urgente, enquanto 2 milhões tiveram de deixar suas casas, mas permanecem no país.