A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), tropa de elite da Polícia Civil, inaugurou hoje (2) uma comunidade cenográfica de aproximadamente 750 metros quadrados para auxiliar no treinamento dos agentes. O local tem becos e vielas, além de casas de alvenaria e lajes. O objetivo é aumentar a realidade de operações e preparar os policiais para vários tipos de ocorrências em favelas.

Segundo a assessoria da Core, policiais já utilizam o local, que fica na comunidade do Jacarezinho, zona norte da capital fluminense. Antes da inauguração da comunidade cenográfica, o treinamento dos agentes da Core era feito em áreas pacificadas e no Complexo Penitenciário de Gericinó, na zona oeste do Rio.

Os agentes da Core vão treinar em condições muito parecidas com as encontradas em comunidades, como ruas estreitas com obstáculos e terrenos acidentados. Algumas vielas foram inspiradas em áreas da Rocinha, do Turano e do Jacaré. “São espaços idênticos aos existentes em comunidades reais e que, sabidamente, oferecem dificuldade para os policiais. É uma forma de melhorar a qualificação dos agentes da Core para evitar erros”, disse o chefe de Recursos Especiais da Core, Júlio Gonçalves.

Câmeras vão gravar os treinamentos para avaliar os treinamentos. “As imagens capturadas pelas câmeras serão analisadas e todas as falhas serão apontadas e corrigidas”, disse o chefe do setor de Logística Especializada e Projetos da Core, Wagner Franco. A prática das ações na comunidade cenográfica ocorrerão de dia e à noite e os policiais vão utilizar todo o aparato que costumam usar em ações reais, como coletes, armamentos e uniforme.

O novo espaço faz parte da Cidade da Polícia, que foi criada para abrigar 14 delegacias especializadas e órgãos de investigação. O projeto investiu cerca de R$170 milhões na construção da cidade e está equipando os imóveis com o que há de mais moderno no mercado. A inauguração da área está prevista para o segundo semestre deste ano.

Um estande e uma casa de tiros com 11 salas também estão sendo construídos e vão permitir que 1.200 policiais participem do aperfeiçoamento da pontaria. As salas também servirão para treinamento de simulações de prática de resgate de sequestrados, de ações de ataque e de operações contra o .