O presidente da Câmara de , vereador Mário César (PMDB), está agindo com muita cautela quando o assunto é a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada na Câmara para investigar irregularidades no Hospital do Câncer e Hospital Universitário.

Líder do grupo que derrubou uma CPI mais ampla, o vereador usou uma opinião do vereador João Rocha (PSDB) para descrever a comissão. “A CPI é ultima instância. É o remédio mais amargo. Tem que ter muita responsabilidade”, avaliou.

A reportagem não entendeu a justificativa do presidente e pediu para ele explicar o porquê da preocupação com a investigação, mas ele preferiu repetir que é muita responsabilidade, visto que a Câmara de Campo Grande nunca abriu uma Comissão Parlamentar de Inquérito.

Mário César também foi questionado se o ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB) e os ex-secretários de Saúde, e Luiz Henrique Mandetta (DEM) serão convocados, mas preferiu dizer que a comissão definirá. Indagado se ele é a favor da comissão, o vereador voltou a dizer que “a CPI vai definir”.

O presidente resistiu o máximo possível para que a CPI não fosse realizada. Na segunda-feira (6), em entrevista por telefone ao Midiamax, ele chegou a dizer que era contrário a abertura. “O que a gente vai contribuir com isso? De fato e de verdade, nada. Neste momento a CPI pode pouco contribuir. O trabalho já está sendo feito desde 2009. Já tem escuta, mais de onze volumes de processo. Acredito que contribua com pouco. É mais fazer política do que contribuir com o caso em si”, opinou.

O presidente só mudou de opinião no período da tarde, quando viu o prefeito Alcides Bernal (PP) convocar nove vereadores aliados a ele para solicitar a abertura de uma CPI. Diante da reação do prefeito, Mário reuniu 13 vereadores aliados ao ex-prefeito Nelsinho Trad e decidiu boicotar a CPI ampla, restringindo os trabalhos ao Hospital do Câncer e Hospital Universitário.