Com medo da mãe, jovem inventa sequestro por traficantes de órgãos

A Polícia Civil do Amazonas esclareceu na tarde desta quarta-feira o caso sobre um suposto sequestro de um adolescente de 15 anos por traficantes de órgãos em Manaus. O jovem havia informado ontem à Polícia Militar que conseguiu fugir de uma casa localizada num matagal na zona leste, onde supostamente estaria sendo mantido em cárcere […]

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A Polícia Civil do Amazonas esclareceu na tarde desta quarta-feira o caso sobre um suposto sequestro de um adolescente de 15 anos por traficantes de órgãos em Manaus. O jovem havia informado ontem à Polícia Militar que conseguiu fugir de uma casa localizada num matagal na zona leste, onde supostamente estaria sendo mantido em cárcere privado por traficantes de órgãos. Após acareação, o adolescente confessou ter inventado a história para que a mãe não brigasse com ele pelo horário que chegou em casa.

Segundo o titular do 9º Distrito Integrado de Polícia (DIP), delegado Pablo Geovanni, policiais civis e militares foram mobilizados para investigar o caso. “O tráfico de órgãos é um crime que vem sendo combatido de forma contundente tanto pela Polícia Civil quanto pela Polícia Federal”, disse Geovanni.

“Ele disse que inventou toda a história para que a mãe não brigasse com ele, por conta do horário que havia chegado em casa”, disse o delegado. O adolescente, que é morador da comunidade Novo Reino 2, na zona leste, saiu para o curso de inglês e teria mudado a rota de casa quando passou pelo Terminal 5 do São José. “A mãe disse que não é a primeira vez que ele foge de casa. Ele falou que tem medo da mãe, que ela não o deixa namorar, jogar bola ou ir para a igreja. Ele viu a oportunidade de passear pela cidade de ônibus e beber refrigerante com os amigos”, afirmou Geovanni.

Segundo a polícia, por mentir, o rapaz cometeu o ato de comunicação falsa de crime. “Toda informação que vem da sociedade é apurada porque temos que dar respostas à população. Tudo é tratado de forma séria e com respeito. O caso já foi esclarecido porque paramos toda a manhã para investigar essa situação. Quando os PMs chegaram ao local apontado, não encontraram nada”, esclareceu o delegado.

A conclusão das investigações será encaminhada para a Delegacia Especializada em Apuração e Atos Infracionais (DEAAI), que acompanhará o adolescente e a relação entre ele e a mãe.

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