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Com aplicação de nova lei, Bombeiros estimam receber R$ 20 milhões para diminuir sucateamento

Os últimos incêndios em Campo Grande evidenciaram o sucateamento da logística do Corpo de Bombeiros
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Os últimos incêndios em Campo Grande evidenciaram o sucateamento da logística do Corpo de Bombeiros

O comandante-geral do Corpo de Bombeiros de Mato Grosso do Sul, coronel Ociel Ortiz, afirmou nesta quinta-feira (16) que a corporação estima receber R$ 20 milhões de taxas de fiscalização e multas até 2016, após a mudança na Lei Estadual nº 4.335, que institui o Código de Segurança contra Incêndio, Pânico e outros Riscos. O dinheiro será revertido em melhorias para a própria instituição, que deixou evidenciada a precariedade de sua estrutura no último grande incêndio em Campo Grande.

Cerca de 100 bombeiros militares começam hoje a se adequar às novas normas de segurança de fiscalização de estabelecimentos, que foram estabelecidas pelo Estado e aprovada pela Assembleia Legislativa em abril. Eles passarão por um treinamento de quatro dias, divididos entre esta e a próxima semana.

Com esse treinamento e a aplicação da nova lei, a estimativa é de arrecadar este recurso ao longo dos próximos três anos por meio de taxas de fiscalização e de possíveis multas às mais de 200 mil empresas de todo o Estado que passarão por análises do Corpo de Bombeiros.

“Durante estes anos vamos ter total conhecimento das edificações no Estado. Está prevista também a informatização dos sistemas para que nós consigamos, se tiverem um incêndio, ter todas as informações de quantas pessoas trabalham naquele local, o tamanho da empresa, se existe ou não grande quantidade de matéria inflamável, qual o hidrante mais próximo, qual viatura é necessária para fazer o combate ao fogo e o resgate. Enfim, esperamos estar bem estruturados nos próximos seis anos”, revela o coronel Ortiz.

Atualmente, os recursos do Governo do Estado são destinados à Segurança Pública em geral e a Secretaria de Estado de Segurança que determina o montante destinado a cada corporação Bombeiros, Polícia Militar, ações de segurança, entre outros. “Com a mudança nesta lei, agora os recursos arrecadados com a fiscalização será destinada somente aos Bombeiros e assim poderemos equipar melhor a corporação”, explica o comandante que não soube informar o valor total de recursos que é repassado aos Bombeiros atualmente.

Brigadistas para prevenir incêndios

Sobre as certificações das empresas vistoriadas, o tenente-coronel Joílson de Paula, chefe da comunicação do Corpo de Bombeiros, exemplifica uma das novas regras determinadas em lei.
Ele conta que todos os locais deverão, obrigatoriamente, ter um brigadista, que é a pessoa responsável e capacitada para conter alguns princípios de incêndio.

“Por exemplo, em um condomínio residencial, dependendo do tamanho dele, terá que ter um ou dois brigadistas, que podem ser o porteiro e o zelador. Eles vão ter que passar por capacitação, feita por empresas terceirizadas e estarão aptos para realizar as primeiras ações em caso de incêndio, até a chegada dos militares”, explica.

Viaturas

Mato Grosso do Sul, atualmente, conta com 42 viaturas do Corpo de Bombeiros. Segundo o governador André Puccinelli eram 14 quando ele assumiu o Executivo Estadual. Outras 15 viaturas estão empenhadas para o Estado e devem ser entregues até o final do mês de julho de 2013. Mais 20 veículos também estão em processo licitatório.

Dessas 35 novas viaturas, cinco são de combate a incêndio e outras 30 são de unidades de resgate. Foram investidos R$ 5,5 milhões para a compra dos novos equipamentos.

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