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Cientistas elaboram teste de quatro perguntas para detectar depressão

Pesquisadores alemães criaram um exame para identificar sinais de depressão com apenas quatro perguntas. O diagnóstico é rápido, mas o teste tem uma limitação: só é recomendado para mulheres jovens. Tristeza, indisposição, cansaço e pessimismo são alguns dos sintomas da depressão, doença que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização […]
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Pesquisadores alemães criaram um exame para identificar sinais de depressão com apenas quatro perguntas. O diagnóstico é rápido, mas o teste tem uma limitação: só é recomendado para mulheres jovens.

Tristeza, indisposição, cansaço e pessimismo são alguns dos sintomas da depressão, doença que atinge mais de 350 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A OMS estima que, até 2030, a doença seja a mais comum em todo o mundo. No Brasil, mais de 10% da população sofre de depressão. O país apresentou a maior taxa de incidência da doença em estudo da OMS realizado em 18 países, incluindo França, Alemanha, Colômbia, México, Índia e China.

Segundo a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, a depressão era a quinta doença de maior ocorrência no país em 2008. Apenas 37% das pessoas que sofrem da doença no Brasil recebem algum tipo de tratamento, diz a OMS.

Inventário de Depressão de Beck

Testes diponíveis na internet podem auxiliar a identificar a depressão, por meio de questionários com perguntas sobre condições psicológicas.

A maioria desses testes é baseada no Inventário de Depressão de Beck (BDI), um questionário com cerca de 20 perguntas relacionadas a sintomas que apareceram nas últimas duas semanas, como tristeza, pessimismo, sentimento de falha e culpa, perda de alegria e de interesse, pensamentos suicidas, irritabilidade, perturbação, fadiga, abulia e diminuição da libido.

O método BDI avalia, por meio de uma escala, o nível da depressão em pacientes a partir dos 13 anos de idade. Para cada pergunta são dadas quatro opções de resposta, que vão do “nunca” até o “sempre”. Em poucos minutos é possível obter um pequeno diagnóstico. Se o resultado revelar algum grau de depressão, é aconselhável a consulta com um médico ou psicólogo.

Diagnóstico em quatro perguntas

Mas a maioria dos afetados não sabe identificar os sintomas e ignora que está doente. Um novo teste desenvolvido pelo Instituto Max Planck para Pesquisas em Educação de Berlim pode auxiliar no diagnóstico e contribuir para que pacientes recebam rapidamente um tratamento adequado.

Segundo os pesquisadores, o novo teste possibilita um diagnóstico seguro de depressão com apenas quatro perguntas. “A simplicidade do teste nos permite explicá-lo de forma simples e compreensível tanto para médicos como para pacientes”, disse à Deutsche Welle a coordenadora do estudo, Mirjam Jenny.

As quatro perguntas são: nesta semana, você chorou com mais frequência do que antes? Nesta semana, você se sentiu desapontado consigo mesmo ou se odiou? Nesta semana, você encarou o futuro com mais desânimo? Nesta semana, você teve a impressão de ser um fracassado?

Se todas as perguntas forem respondidas com sim, há sinais de depressão e o clínico geral deve encaminhar o paciente a um especialista. Segundo Jenny, a rapidez é um argumento importante a favor do novo teste, apesar de os testes BDI levarem menos de dez minutos. “Os médicos têm cada vez menos tempo, e principalmente em situações de emergência a rapidez é importante”, afirma Jenny.

Só para mulheres

O novo teste foi baseado num estudo realizado com 1.300 mulheres entre os 18 e 25 anos, o que o torna limitado na sua aplicação: ele só é indicado para mulheres, especialmente nessa faixa etária.

“Para os homens ainda precisamos desenvolver um teste específico, principalmente reformulando a pergunta sobre chorar. Devido à cultura, homens são menos propensos a chorar ou admitir que choram”, diz Jenny.

De qualquer maneira, o teste rápido não garante um diagnóstico definitivo. “Esse só pode ser dado pelo psicólogo ou psiquiatra”, diz Jenny. Mas pode auxiliar profissionais sem formação médica ou psicológica na identificação precoce da depressão, por exemplo em escolas ou instituições militares.

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