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Chineses “das cavernas” vivem acorrentados e isolados do mundo em grutas e gaiolas

A falta de assistência médica na China leva muitos pais desesperados a tomarem atitudes extremas em relação aos filhos que possuem algum tipo de doença mental. Os jovens são acorrentados e isolados do convívio social, até mesmo por décadas, em cavernas e celas de ferro. Além disso, o alto custo dos imóveis e desentendimentos em […]
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A falta de assistência médica na China leva muitos pais desesperados a tomarem atitudes extremas em relação aos filhos que possuem algum tipo de doença mental. Os jovens são acorrentados e isolados do convívio social, até mesmo por décadas, em cavernas e celas de ferro.

Além disso, o alto custo dos imóveis e desentendimentos em família também faz com que muitos chineses aceitem viver em gaiolas e no subsolo das cidades.

Há 30 anos Dong Hai vive trancado em um cubículo de pedra, construído por seus próprios pais. O chinês é mantido preso desde a adolescência. Na época, o jovem, então com 16 anos, começou a apresentar sinais de problemas mentais, e sua família não pôde pagar o tratamento médico.

Dong Watou e sua mulher, Xiao Hong, que vivem em Longhai, no sudeste da Província de Fujian, disseram que tentaram conseguir ajuda médica para o filho. Os pais visitaram diversos hospitais locais, mas todos os mandavam de volta para casa.

Nos últimos 30 anos, o chinês não saiu do local ou teve qualquer contato físico com outras pessoas, nem mesmo com seus pais, que apenas o observam pelas grades do abrigo.

Com o passar dos anos, a maior preocupação dos pais de Hai é o que vai acontecer a seu filho depois que eles morrerem. Os dois já estão com quase 70 anos, segundo informações do tabloide britânico Daily Mail.

Um jovem foi acorrentado a uma gruta na Província chinesa de Henan pelo próprio pai. Cheng Xiangtao, que é cego e tem problemas mentais, vive isolado do convívio social desde que o pai perdeu a casa onde moravam. As fotografias do jovem preso circularam nas redes sociais e chocaram milhares de chineses.

As imagens mostram a trágica vida do jovem de 26 anos, que nasceu cego e com problemas mentais. Ele vive sujo de terra e sem roupas, acorrentado a uma pequena caverna.

De acordo com o pai de Xiangtao, ele precisou abandonar o filho após perder sua casa e passar a morar com as outras filhas.

“Eu o visito três vezes por dia e trago comida e água, para que ele nunca passe fome ou sinta sede”, disse o pai, que não teve o nome divulgado.

Um violinista chinês, conhecido como Zhang, vive em uma caverna nos últimos oito anos, em Zhengzhou, na China. O lugar virou sua moradia desde que o homem se divorciou de sua ex-mulher, que levou o filho do casal embora

O lugar fica perto do lago Xiliu e não possui mobília, água ou eletricidade. No entanto, violinos e livros de música não faltam.

“Posso viver sem comida, mas não posso viver sem música.”

Cada vez que sai de casa, Zhang esconde bem os instrumentos. Há alguns dias atrás, suas roupas foram roubadas por um ladrão. Vizinhos dizem que o homem das cavernas se levanta ao nascer do sol e vai dormir quando o dia escurece.

O mineiro aposentado Chen Xinnian decidiu construir sua nova casa seis metros abaixo do chão para se livrar de pagar impostos.

Xinnian queria viver em uma casa maior, mas não queria gastar dinheiro com os altos impostos que teria de pagar. Então, ele colocou em prática sua experiência profissional cavando uma espécie de túnel embaixo de sua casa.

A caverna é bem maior do que a casa anterior do chinês e, apesar da escuridão, a família de Xinnian está gostando da novidade.

“É muito legal lá embaixo. Tenho duas filhas que brigam para ver quem vai dormir no subsolo.”

Mas não é apenas em cavernas que chineses são trancados e isolados do convívio social.

Wu Yuanhong, de 42 anos, foi diagnosticado com esquizofrenia aos 15 anos. Em 2001, ele espancou um menino de 13 anos até a morte. Autoridades judiciais da Província de Jiangxi o libertaram um ano depois de ele ter sido preso, já que sua doença significava que ele não era legalmente responsável por seus atos.

Quando saiu da cadeia, ele foi acorrentado por sua mãe, Wang Muxiang, dentro de uma pequena gaiola. Ela decidiu construir a cela após ele escapar e caminhar por sua aldeia natal de Shangfan aterrorizando os moradores.

Wang dá ao filho três refeições por dia, coloca um pano para cobrir a cela e fornece um recipiente quando ele precisa utilizar o banheiro.

“Sempre que eu entregava comida, eu me sentava em sua cela e chorava”, ela afirmou, acrescentando: “Agora as minhas lágrimas já secaram.”

Além das doenças mentais, a falta de dinheiro também faz com que dezenas de milhares de pessoas pobres de Hong Kong, no sul da China, sejam forçadas a morar em habitações completamente inadequadas.

Leung Cho-yin (foto), paga cerca de R$ 2.500 (US$ 1.300) por mês para morar em uma das 12 gaiolas, que se amontoam em um apartamento no bairro de West Kowloon.

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