Chapéu alheio: presidência manda FNDE checar adesivagem de ônibus antes da vinda de Dilma

Ministério da Educação vai explicar como foram repassados para MS os 300 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola que estão parados desde dezembro em um pátio do Governo Estadual.

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Ministério da Educação vai explicar como foram repassados para MS os 300 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola que estão parados desde dezembro em um pátio do Governo Estadual.

O Ministério da Educação quer esclarecer como foram repassados para Mato Grosso do Sul os 300 ônibus escolares do Programa Caminho da Escola que estão parados desde dezembro em um pátio do Governo Estadual.

O Coordenador do FNDE (Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação), José Maria Rodrigues de Souza, vem amanhã (26) a Campo Grande e anunciou que falará com a imprensa regional sobre o episódio.

Segundo adiantou a Secretaria de Imprensa da Presidência da República, o coordenador do FNDE concederá uma entrevista coletiva no pátio da Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), onde os ônibus estão parados, e não deve comentar questões políticas.

Mesmo assim, reafrimou que os ônibus escolares saem de fábrica com padronização visual e que a adesivagem original não deve ser descaracterizada.

O coordenador do FNDE vem para explicar a situação antes da chegada da presidente Dilma Rousseff (PT), que na segunda-feira (29) fará a entrega dos ônibus aos prefeitos beneficiados. Ela tomou a decisão após o governador André Puccinelli dizer que ‘entregaria os ônibus quando quisesse’.

Puccinelli mandou adesivar os veículos como se fossem doados pelos cofres estaduais, mas o MEC determinou que as informações originais fossem mantidas. Em resposta ao Midiamax, o MEC (Ministério da Educação) esclareceu que o Governo do Estado não tinha autorização para alterar a caracterização visual do veículo, inclusive quanto às marcas institucionais, porque estas são contidas nas especificações do ato licitatório.

Para o governador André Puccinelli (PMDB), não haveria problema em adesivar os veículos, pois eles teriam sido adquiridos em forma de ‘troca’. Ele alega que fez reparos na ponte do Rio Paraguai e que, por isso, a presidente teria feito um ‘acordo’ com ele e entregado os 300 veículos. O Ministério da Educação desmente a explicação e é taxativo em afirmar que os veículos foram comprados com recursos exclusivamente federais.

Barganha

Após afirmar que entregaria os ônibus quando quisesse, o governador André Puccinelli foi alvo de críticas por parte de prefeitos do interior que dizem estar gastando com aluguel de veículos escolares enquanto os doados por Dilma permanecem parados em Campo Grande.

O senador Delcídio do Amaral, do partido da presidente, acusou Puccinelli de usar os ônibus como moeda de troca para pressionar prefeitos por apoio nas eleições em 2014.

Readequação

O MEC enviou ofício à Secretaria Estadual de Educação determinando que os adesivos do Governo do Estado fossem retirados dos veículos. A reportagem do Midiamax constatou que os veículos de maior porte já estão novamente com a programação visual original no vidro traseiro. Nas laterais o governo do estado substitiu o termo doado por cedido.

Entretanto, a assessoria de comunicação do Governo do Estado informou que não vai retirar os adesivos dos micro-ônibus,  pois teriam sido recebidos sem as marcas do programa. A assessoria da Presidência da República, entretanto, contesta a informação dizendo que todos os veículos saem com o adesivo padronizado de fábrica.

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