Cansados com questionamentos de pacientes e acompanhantes, funcionários avisaram com bilhete em bebedouro a falta de copos e medicamentos
Com o tio doente em Ponta Porã, município distante a 346 quilômetros da Capital, Solange Jacques, 30 anos, compareceu ao Hospital Universitário, na manhã desta terça-feira (14). Acompanhada do marido, um policial militar, eles tiveram uma surpresa ao constatar a revolta dos próprios funcionários com a falta de estrutura do local.
A intenção era apenas informar que o tio está chegando amanhã do interior do Estado, para fazer um exame de arteriometria. Porém, com a demora de ao menos duas horas para serem atendidos, eles quiseram tomar água. E nos bebedouros o aviso:
“Senhores pacientes: Não temos copos para fornecer à vocês. Favor não insistam. Ambulatório Médico”. “Nós passamos por várias salas, até falar com um médico para pedir o encaminhamento. E, nesse intervalo, com sede, não tinha copo. Acho que em um hospital com um monte de gente doente, isso é um absurdo”, comenta Solange.
Ao verificarem que o seu marido estava tirando uma foto, os funcionários pediram para denunciar a falta de estrutura do local. “Eles estão revoltados, principalmente os enfermeiros que pegaram copos de café para beber água. Eles falaram ainda da falta de medicamentos e que a precariedade tem que ser divulgada na matéria”, ressalta o policial militar.
Questionada, a assessoria de comunicação do órgão informou que irá verificar o problema.
