O movimento denominado Assembleia Popular em MS, que comandou protestos em Campo Grande, vai lutar pela redução de mais R$ 0,30 no valor da passagem de ônibus urbano, de R$ 2,75 para R$ 2,45, e contra o monopólio do transporte coletivo na Capital.

Porta voz dos manifestantes, em mais um dia de protesto na Câmara de Vereadores, em Campo Grande, o jornalista Alan Brito 27 anos, usou a tribuna para falar sobre reivindicações, mas ‘bateu na tecla’ do transporte público.

“Não podemos ficar com um serviço sendo explorado por um só grupo de empresas”, disse na tribuna, se referindo ao contrato da prefeitura com o Consórcio Guaicurus.

Ao debater a tarifa, o jovem ressaltou que estudantes, idosos e pessoas com necessidades especiais recebem a gratuidade, que deve ser mantida, porém o valor rateado para o poder público e não aos usuários do transporte coletivo. “O valor é embutido na nossa passagem, sendo que se fosse transferido ao poder público, a tarifa baixaria mais R$ 0,30”, afirma.

Ao sair do palanque, o manifestante ainda disse que os protestos ‘só estão começando’. “Queremos que os nossos atos não fiquem restritos somente centro da cidade e a avenida Afonso Pena. Do que adianta a cidade ter um Palácio Popular da Cultura, se quem mora mais distante não consegue chegar”, comenta Brito.

Com ele, mais cem pessoas, em sua maioria jovens, foram ao local na manhã desta terça-feira (25). “O objetivo não é tirar ninguém do poder, estamos lutando por causa da crise estabelecida por representatividade política. É o que está sendo colocado em cheque”, finaliza o manifestante.

O grupo levou mais de 70 mil pessoas às ruas de Campo Grande para protestar contra a corrupção e cobrar melhorias na saúde, educação e transporte público. As manifestações vão continuar e não há previsão para acabar.

Antes do protesto ganhar às ruas, o prefeito Alcides Bernal (PP) cedeu e anunciou redução na tarifa de R$ 2,85 para R$ 2,75 a partir de 1º de julho deste ano.