Assentados reclamam que não têm nem água para beber

Os manifestantes presentes na ocupação da sede do Instituto Nacional de Reforma Agrária de Mato Grosso do Sul (Incra-MS) alegam que não tem nem água para beber nos assentamentos. A falta de escolas e de estradas para escoar a produção também são outros pontos apontados pelos sem-terras. Há três anos no assentamento Idaiá, em Aquidauana, […]

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Os manifestantes presentes na ocupação da sede do Instituto Nacional de Reforma Agrária de Mato Grosso do Sul (Incra-MS) alegam que não tem nem água para beber nos assentamentos. A falta de escolas e de estradas para escoar a produção também são outros pontos apontados pelos sem-terras.

Há três anos no assentamento Idaiá, em Aquidauana, Estácia de Souza, 61 anos, pegou apenas dois pagamentos iniciais do crédito implantação, onde cerca de R$ 15 mil são liberados por etapas a cada família. Ela afirma que este pagamento deu apenas para iniciar a horta, cercar o lote e fazer um esquema de captação de água. “Só tenho água, porque consigo puxar de uma mina que escorre de um serra. Mas o resto do assentamento não tem”, explica.

Maria Rodrigues, 55 anos, denuncia a falta de escolas no assentamento onde mora. “Têm crianças que caminham de dois a três quilômetros de a pé e no escuro para ir à escola em outro assentamento”, afirma.

Nos três anos que possuem terra, ela e o esposo, receberam apenas primeira parcela do crédito no valor de R$ 3.200. “Isto não deu para fazer nada. Precisamos de maquinário para plantar”, diz.

Outras necessidades são apontadas por Geni de Souza, 22 anos, moradora do assentamento Ouro Branco, em Terenos. “Não tem água encanada, não tem poço, não tem energia elétrica e nem estrada para escoar a produção”, denuncia.

De acordo com o MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra) existem 178 assentamentos em Mato Grosso do Sul.

Conforme o Incra são 30 mil famílias já assentadas no Estado e 25 mil a espera de terra.

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