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Após conversa com fazendeiro, índios se mostram dispostos a negociar fim da invasão

A conversa entre fazendeiro e índio foi durante uma entrevista à radio local. O Terena ouviu Bacha sendo entrevistado e entrou em contato com a emissora.
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A conversa entre fazendeiro e índio foi durante uma entrevista à radio local. O Terena ouviu Bacha sendo entrevistado e entrou em contato com a emissora.

Os índios Terena que desde a madrugada de quarta-feira (15) ocupam a fazenda Buriti, em Sidrolândia, a 77 quilômetros de Campo Grande, tiveram o primeiro diálogo com o proprietário rural, Ricardo Bacha. O diálogo ocorreu durante entrevista a uma rádio local. Após a conversa, os indígenas se mostraram dispostos a negociar o fim da invasão. Entretanto, ainda permaneciam na fazenda Buriti até o fechamento desta edição.

Durante entrevista na Pindorama, de Sidrolândia, Ricardo Bacha relatava os momentos de invasão quando os indígenas ouviram a entrevista e ligaram na rádio.

O repórter que conduzia o programa, Paulo Cavalcante, questionou o Terena se eles tinham ciência sobre a possibilidade de a Cigcoe (Companhia Independente de Gerenciamento de Crises e de Operações Especiais), da Polícia Militar, ser acionada para conduzir a desocupação. “Não sairemos, vamos lutar até o fim”, respondeu.

Nesse momento Bacha interviu e disse que pretende negociar que a desocupação aconteça de forma que nenhum dos lados seja prejudicado. Na mesma hora o indígena adotou tom mais ameno e se mostrou aberto a novas conversações.

Durante a conversa, o Terena garantiu que os pertences de Bacha estão intactos e que o gado não está sendo retirado da fazenda. Ao fim da entrevista, o proprietário rural declarou que sempre manteve um bom diálogo com os Terena e que pretende retomá-lo.

Prazo para reintegração de posse está vencido, mas não há prazo para desocupação

O prazo para o cumprimento da ordem de reintegração de posse, expedido na quinta-feira (16), venceu no sábado (19). A decisão é da 1ª Vara Cível de Campo Grande.

Os indígenas se recusam a sair da área e afirmam que o farão somente mediante decisão de Brasília. Também está mantida a proibição da aproximação de qualquer pessoa dentro da propriedade.

A Polícia Federal, que esteve na cidade para mediar a saída dos terenas, afirma que prepara estratégia para que a operação de reintegração seja realizada de forma pacífica. Conforme a assessoria de comunicação do órgão, o efetivo está em Campo Grande e não tem previsão para retornar à fazenda. A Cigcoe informou que também não foi acionada até o momento para reforçar a ação da PF.

Produtores rurais passaram a manhã em um posto de gasolina próximo a fazenda Buriti. Desde que a propriedade foi invadida, o local se tornou uma espécie de “quartel general” dos fazendeiros e até da própria PF.

O clima é de grande expectativa quanto a reintegração das terras. Por volta das 16 horas a aglomeração de produtores rurais que aguardava desdobramento se dispersou. Já os índios, permaneciam ocupando a fazenda, até o fechamento desta edição.

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