Ao final das oitivas da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, nesta sexta-feira (04), na Câmara, o vereador Alex do PT concluiu que os depoimentos dos ex-secretários de Saúde, deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) e , comprovaram as irregularidades existentes, pois os depoentes não conseguiram desmentir as acusações.

De acordo com o vereador, eles não conseguiram esclarecer diversas questões, como o porquê não fizeram nada para evitar o sucateamento do Hospital Universitário e a recusa do acelerador linear. Além disto, eles não explicaram o porquê de manterem até 2012 auditores comissionados, quando o recomendando são profissionais concursados.

A autorização de PACs (procedimentos de alta complexidade) feita de forma manual e não eletrônica, também ficou sem justificativa, além de doações à Fundação Carmem Prudente, mantenedora do Hospital do Câncer, sem o conhecimento dos secretários. Questões relativas a erros na prestação de contas também não foram explicadas.

A conclusão do vereador ao final da oitiva é de que não havia controle do dinheiro público. “Por isto, virou o que virou”, afirmou.

Sobre os aceleradores lineares, Mazina, afirmou que o HU tinha dito que não tinha interesse em ficar com o aparelho e não tinha como a prefeitura ir até Brasília e solicitar, já que o próprio hospital não tinha interesse. “É preciso deixar claro que tem gestão plena. Mas isso não significa que ela é um imperador que pode enfiar goela a baixo as decisões”, afirmou.

O presidente de Comissão, vereador Flávio César (PTdoB) explicou que por meio das oitivas é feito um contraposto com os documentos, que geraram o produto final. Ele acredita que a última oitiva da CPI da Saúde deve ocorrer na próxima segunda-feira, quando ex-secretária estadual de Saúde, Beatriz Dobashi deve ser ouvida. O relatório final deve ser concluído em um prazo de 30 dias, ou seja, no dia 15 de novembro.