O adolescente de 15 anos, acusado de “ato infracional análogo ao delito de estupro de vulnerável”, foi encaminhado na tarde desta terça-feira, 25 de junho, à Unidade Educacional de Internação de Corumbá (Unei), após ser ouvido e assumir que estuprou um menino de 07 anos, no bairro Cristo Redentor.

O abuso teria ocorrido na segunda-feira, 24 de junho. “Em muitas escolas não houve aula nesse dia, e foi o caso da vítima. Como ele não foi à escola, ficou soltando pipa e em determinado momento, a pipa foi cortada. O adolescente, que já estava de olho na criança, correu até um matagal, pegou a pipa primeiro que a criança e disse: ‘se você quer a pipa, dá pra mim’. O menino contou que não teve nem tempo de responder e já em seguida, o adolescente o tombou ao chão, tirou suas roupas e o sentou em seu colo, realizando assim, o ato com muita força e violência. O adolescente disse que a criança chorou, gritou e que mesmo assim, ele continuou até terminar. Após o abuso, o adolescente foi embora e abandonou a criança no terreno onde estavam. Em seguida, a criança vestiu suas roupas e foi para casa”, descreveu a delegada responsável pela investigação do caso, Priscila Anuda Quarti Vieira, titular da Delegacia de Atendimento à Infância, Juventude e Idoso (DAIJI).

A família da vítima acionou a Polícia Militar após descobrir o que tinha acontecido. “Assim que a criança chegou em casa contou à irmã o que havia acontecido e indicou onde seria a casa do autor. A irmã, então acionou a guarnição da PM que conduziu o acusado, juntamente com a mãe para a Delegacia. No caminho, ele tentou rasgar a camiseta que vestia, tentando engolir o pedaço que estava sujo de sangue, e foi necessário que um policial interferisse na ação. Na delegacia, ele acabou confessando todo o ato e assumindo a autoria do estupro”, explicou a delegada.

Já a criança, foi encaminhada ao Pronto-Socorro Municipal, passou por exame de corpo de delito que deve comprovar a gravidade da violência, além de ser atendido no Posto de Saúde João de Brito, onde tomou as medicações necessárias. O menino e a família também vão receber acompanhamento psicológico.

Cuidado redobrado

A titular da DAIJI reforçou a necessidade de atenção redobrada com crianças. “Os casos de violência sexual, são casos que não temos como extinguir por total. O que devemos fazer é cuidar, pois, os abusadores se aproveitam dos momentos oportunos, como foi o caso desse adolescente de 15 anos. Ele se aproveitou do momento em que a criança estava sozinha. Os pais, ou responsáveis pelas crianças, devem estar sempre atentos e nunca deixar os menores sozinhos, cuidar nunca é demais”, frisou a delegada Priscila Vieira.